O suspeito de acender e soltar o rojão que matou um cinegrafista da TV Bandeirantes em um protesto no Rio de Janeiro na última quinta-feira (6) foi preso por volta das 2h da madrugada desta quarta-feira (12), em Feira de Santana.
Caio Silva de Souza, de 23 anos, auxiliar de serviços, foi encontrado na Pousada Gonçalves, próximo à Estação Rodoviária. Ele foi preso pelo delegado que investiga o caso, Maurício Luciano de Almeida e Silva, da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O suspeito estava indo para a casa do avô em Itu (CE) e durante o trajeto parou em Feira de Santana, de onde partiria hoje cedo, mas foi convencido por telefone pela namorada a se entregar à polícia, que conseguiu localizá-lo.
De acordo com o G1, portal de notícias da Rede Globo, o chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, afirmou que o advogado de Caio, que também representa o outro envolvido no caso já preso, Fábio Raposo, também intercedeu para agilizar a entrega.
"As equipes estavam empenhadas em diferentes frentes e o advogado intercedeu no sentido de demovê-lo da ideia de fugir. Se não fizesse isso, a polícia ia acabar o encontrando, porque a coordenadoria de inteligência da Polícia Civil já tinha uma linha onde já monitorávamos o deslocamento dele para o Nordeste. A intervenção do advogado fez com que se acelerasse essa captura", contou o chefe da Polícia Civil.
Recepcionista não suspeitou de nada (Foto: Ney Silva/Acorda Cidade)
O recepcionista da pousada, Hergleidson de Jesus Moreira, disse ao Acorda Cidade que Caio chegou ao local por volta das 16h de terça-feira (11) e pagou a diária usando o nome de Vinícius Marcos de Castro. Hergleidson disse ainda que ninguém o reconheceu na pousada e por isso não suspeitou de nada.
“Ele permaneceu no quarto e estava só. Os policiais chegaram acompanhados da namorada dele, que foi a primeira a subir, e do advogado. Ele recebeu uma ligação de madrugada de uma pessoa que se identificou como irmão dele, dizendo que estava chegando em Salvador e que mais tarde estaria vindo para Feira e que era para reservar três quartos para seis pessoas que estavam chegando”, relatou o recepcionista ao Acorda Cidade.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Foto: Reprodução
O cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, 49 anos, foi atingido por um rojão enquanto filmava o protesto contra o aumento das passagens de ônibus, próximo à Central do Brasil, centro da capital fluminense. A morte cerebral dele foi anunciada na segunda-feira (10), depois de passar quatro dias em coma.
Santiago teve afundamento do crânio e perdeu parte da orelha esquerda. Ele foi submetido a uma cirurgia para diminuir a pressão craniana, assim que chegou ao Hospital Municipal Souza Aguiar. No sábado (8), uma tomografia comprovou que a hemorragia havia sido controlada, mas o estado de saúde do cinegrafista piorou.
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