'Minha casa, meu tormento'

Moradores de residencial dizem que sonho da casa própria se transformou em pesadelo

O empreendimento, que faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, foi entregue no final do mês de dezembro pelo governador Jaques Wagner.

Daniela Cardoso e Ney Silva
 
Lixo por toda parte, instalações elétricas e hidráulicas deficientes e arrombamentos. Todos esses problemas estão sendo enfrentados por moradores do residencial Jardim das Oliveiras, localizado na Rua Capim Grosso, bairro Conceição II, em Feira de Santana. O empreendimento, que faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, foi entregue no final do mês de dezembro pelo governador Jaques Wagner.

Os mutuários estão insatisfeitos com o que chamam de descaso por parte das autoridades, que não estão dando assistência.  Dois problemas graves estão afetando diretamente a vida das pessoas que moram nesse condomínio: falta de água e problemas na rede elétrica.

O empreendimento construído pela empresa Atrium e entregue à população no dia 27 de dezembro está com a instalação hidráulica apresentando problemas. Em alguns blocos, os reservatórios de água estão com lixo e outros não têm bomba para captação da água. Tem casos ainda que tem água, não está suja, mas não tem energia para ligar a bomba.

Outra situação alvo de reclamações dos moradores é que a Coelba não fez a ligação com a rede de energia em determinados blocos. Alguns moradores, por conta própria, fizeram ligação clandestina. Além disso, os armários, onde ficam os medidores de energia dos blocos do condomínio, estão com as portas de ferro soltas, ameaçando desabar sobre crianças e adultos.

A dona de casa Laila Lima disse que os mutuários vêm sofrendo muitos transtornos com a falta de água e luz, com a iluminação precária das ruas. Ela disse que à noite existe risco de assaltos e estupros na rua Capim Grosso, que dá acesso ao condomínio. Segundo ela, a Coelba prometeu resolver os problemas de energia na próxima semana.

Um dos problemas que também preocupa Laila é o desabastecimento de água. De acordo com ela, quem pode tem que comprar água para beber. Quando consegue de algum vizinho, quem mora no 4º andar sofre bastante, pois tem que subir com baldes de água na cabeça. Ela ainda reclamou que a construtora Atrium está com um único funcionário para verificar a situação das bombas de água.

Natalice Cruz, agente comunitária de saúde, disse que até agora não pôde ocupar o apartamento, porque mesmo tendo energia, a construtora não fez a limpeza da caixa de água e a Embasa não libera a água, porque a caixa está suja. "Tem muito lixo na caixa de água. A água suja foi retirada, mas o lixo ficou", afirmou.

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