Acorda Cidade
“Ainda não fiz boletim de ocorrência, mas vou fazer. Não fiz porque tive de ir antes para o hospital passar por uma tomografia porque, além de me roubarem, me agrediram, bateram na minha cara”, disse o jornalista ao G1.
Segundo Laurence, ele saiu de carro da sua casa, na região do Morumbi, e seguia em direção à TV Globo, no Brooklin, também na Zona Sul. Pouco depois das 5h ele passava pela Rua Doutor Francisco Thomaz de Carvalho quando viu um homem apontar uma arma.
“Tinha um cara armado no final do Ladeirão de Paraisópolis. Ele estava a uns 30 metros de mim, então desviei entrando à direita e caí na entrada da favela. Lá dentro me perdi. Quando percebi estava em uma das vielas e vieram duas motos e quatro caras armados dizendo: ‘dá tudo, dá tudo’”, contou.
Laurence contou que os criminosos passaram a agredi-lo depois de perceber que ele é repórter do Globo Esporte. “Enquanto tirava o relógio falaram: ‘é o maluco da Globo! Mata esse filha da p*!’”, contou o jornalista.
“Mas aí, um outro assaltante falou: ‘a gente pegou tudo, deixa quieto’. Mesmo assim, eles ficaram irritados e deram três ou quatro socos no meu rosto. Meu nariz sangrou e eles fugiram. Ainda tentaram tirar a chave do meu carro para impedir que eu fosse embora, mas não conseguiram tirar e saíram”.
Segundo o repórter, nenhum dos criminosos estava com o rosto coberto. “Todos estavam de cara limpa”.
Após a fuga dos bandidos, Laurence entrou no carro e seguiu até um carro da Polícia Militar, distante a cerca de 30 metros do local onde foi roubado e agredido. “Os policiais não tinham visão de dentro da favela”, disse o jornalista. “Fui muito bem atendido por eles, que me escoltaram até em casa.”
O repórter afirmou que está bem, apesar da agressão e do susto. “Passou, ta tudo bem mas fica o medo e a tristeza”, disse.” As frases: ‘mata que é da Globo!’ ‘mata o maluco do Globo Esporte!’ não vão sair nunca mais da minha cabeça.”