Comandante fala sobre atendimento médico e psicológico para policiais

O coronel Adelmário Xavier, comandante do CPRL (Comando de Policiamento Regional Leste), explicou na manhã desta terça-feira (17) como funciona o serviço de atendimento médico e psicológico oferecido aos policiais militares. De acordo com ele, o Sevap- Serviço de Valorização ao Policial existe em Salvador e, no interior do estado, apenas em Feira de Santana.

 

Adelmário informou que a unidade de Feira de Santana atende somente a região leste, já a da capital a todos os outros municípios. “Sempre que é detectado algum problema a polícia atua com o Sevap, que em Feira de Santana é formado por 16 pessoas, entre psicólogos, assistentes sociais e advogados. A equipe trabalha diuturnamente, prestando acompanhamento psicológico e sócio-funcional ao policial militar, bem como seus familiares”, explicou.

 

Sobre a quantidade de policiais que procuram pelo serviço na cidade, o comandante explicou que em Feira é detectado um número reduzido, levando em consideração o efetivo. 

Caso Robson da Paixão
 

Questionado sobre a situação emocional do policial militar Robson Pereira da Paixão, acusado de agredir a própria mãe com marretadas na cabeça enquanto ela dormia e aplicar golpes de faca à irmã e à sobrinha, dentro de casa, Adelmário Xavier informou que ele estava afastado por 90 dias e deveria retornar ao trabalho no dia 3 de janeiro.

 

“Ele tinha apresentado ao longo do tempo um distúrbio, e há algum tempo não vinha trabalhando. Eu sei que ele foi dispensado pela junta médica, e trabalhava no Sicom. Ele vinha fazendo tratamento, mas infelizmente o caso é bem mais sério. Ele apresentou uma melhora, mas aconteceu o que aconteceu. Em Feira de Santana a gente não tem problemas dessa magnitude. Ocorreu com Paixão, para a gente ficar mais atento”, disse acrescentando que a junta médica é que se responsabiliza por afastar ou não um policial com problemas.

 

“A nossa profissão é estressante, não resta dúvida, só pelo nosso trabalho do dia-a-dia e muitas vezes até pelo não reconhecimento. A gente não tem o reconhecimento da sociedade, como deveríamos ter. Recebemos críticas muito duras, embora não se lembrem que enquanto todos dormem à noite em suas casas, o policial está ali protegendo. E isso leva algum estresse”, desabafou o coronel.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.