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Katniss Everdeen é uma heroína extraordinária. Daquelas que inspiram revoluções em povos oprimidos. A vocação ela descobriu no primeiro tomo da saga Jogos Vorazes (Gary Ross/2012), baseado na série literária de Suzanne Collins, que rendeu US$ 691,2 milhões no mundo inteiro.
Agora, na sequência Em Chamas, filme de Francis Lawrence (Água para Elefantes/2011), a personagem de Jennifer Lawrence, 23 anos, assumiu a carapuça. Inspirada pela fé da população e pela opressão cada vez maior de um governo ditatorial sobre os 12 distritos que dividem os Estados Unidos pós-apocalíptico, ela virou um ícone que responde com indignação e genuína fé à violência.
Sua postura, bem mais agressiva desta vez, é uma mensagem política sem maquiagem, que incentiva as jovens gerações a se rebelarem contra a ordem estabelecida.
No longa "Em Chamas”, Katniss (Jennifer Lawrence) e Peeta (Josh Hutcherson) saem em turnê pelos 12 distritos de Panem após vencerem os Jogos Vorazes do ano anterior (Foto: Divulgação)
É justamente pela popularidade às avessas – ela deixa de ser apenas entretenimento para virar um símbolo de resistência – que o presidente (Donald Sutherland) resolve eliminar Katniss, seu parceiro Peeta Mellark (Josh Hutcherson) e qualquer outro vencedor dos jogos anuais.
Embora tenha recebido o Oscar com O Lado Bom da Vida (David O. Russell/2013), foi com Jogos Vorazes que Jennifer se tornou uma das maiores estrelas de Hollywood. E uma das mais simples também. Essa semana, por exemplo, saiu do tapete vermelho em Londres, onde lançava Em Chamas, para abraçar e beijar uma garotinha numa cadeira de rodas que chorava por ela.
É nesse clima de simpatia, por tanto, que a atriz nascida em Louisville, Kentucky, vem conduzindo seus encontros com a imprensa ultimamente, com bom humor e simplicidade. O que mudou nesse tempo, precisa se planejar para sair de casa?
“Sim, isso veio com a fama. Mas o Oscar me faz ficar mais nervosa quando estou no set. Aquele sentimento de ‘será que vou corresponder às expectativas?’. Mas, claro, tudo isso desaparece bem rapidinho quando você começa a atuar. Aí não tenho tempo de ficar pensando nas minhas inseguranças”, diz.
O retorno ao mundo apocalíptico de Jogos Vorazes veio fácil para ela: “Adorei rever todo mundo. Katniss é uma ótima personagem, realmente fiquei animada. Foi uma atmosfera incrível”.
O que não é tão agradável para a atriz digerir é o modelo de glamour em foi colocada: “Não é algo que você possa dizer que não está a fim. Não é algo que escolhe. Então preciso ter consciência disso. Mas, não tenho ressentimentos em relação a nada”. Mas, se o assédio incomoda muito, ela mostra o dedo do meio – por trás do vidro preto do carro, quando ninguém pode ver. As informações são do Correio.
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