Diretor da Agerba diz que a caça aos ligeirinhos vai continuar

Na manhã da última segunda-feira (6), motoristas de ligeirinhos, que prestam serviços para as localidades da zona rural de Feira de Santana e municípios vizinhos, realizaram uma manifestação para reivindicar a retirada da multa de R$ 2.800 aplicados pela Agerba, por meio de uma lei aprovada na Assembleia Legislativa da Bahia e o fim da inclusão dos nomes deles nos Serviços de Proteção ao Crédito, caso sejam flagrados trabalhando irregulamente.

 

Os manifestantes fecharam a BA-052, conhecida como Estrada do Feijão, no entroncamento de Bonfim de Feira, colocando galhos de árvores e queimando pneus, o que provocou um longo congestionamento.

 

O diretor da Agência, que regula os transportes na Bahia (Agerba), Rosivaldo Ferreira, informou que nenhum dos motoristas envolvidos na manifestação tem autorização para rodar, e que o órgão é o único capaz de regulamentar os transportes intermunicipais na Bahia.

 

Ele informou também que como estão ilegais, estes motoristas vão continuar recebendo a multa e terão seus nomes inclusos no SPC e Serasa. "Nós entendemos que nos últimos anos essa atividade clandestina fez com que a empresa que tem um contrato de concessão com o estado tivesse o seu contrato financeiro atingido, a tal ponto que eles reduziram a quantidade de horários, tendo que demitir trabalhadores, motoristas e cobradores, porque não tinham passageiros, haja vista a concorrência predatória", afirmou Rosivaldo Ferreira.

 

Ele ponderou que esse movimento substitui trabalhadores com carteira assinada, por aqueles sem os direitos resguardados. "Então, eles agem totalmente ao redor da lei, e por conta disso essa atividade tem que ser combatida, não só do ponto de vista econômico, como do ponto de vista social, porque volta e meia são noticiados acidentes envolvendo esse tipo de transporte", afirmou o diretor, acrescentando que tem crescido o número de ligeirinhos conduzidos por pessoas sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade.