Feira de Santana

Pesquisadora feirense e enfermeira da Secretaria de Saúde participa de pesquisa no Pantanal

Maricélia Maia foi convidada a integrar a equipe que estuda a saúde das populações ribeirinhas.

Pesquisadores no Pantanal
Foto: Divulgação

Enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Maricélia Maia, participa no Pantanal, estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, do projeto de pesquisa Navio, que está sendo desenvolvido para analisar a saúde das populações ribeirinhas. 

O objetivo é identificar novos patógenos [organismos que causam doenças em seres humanos, animais e plantas] e as principais necessidades de saúde destas comunidades. Ainda, estuda as questões ambientais.

Pesquisadores no Pantanal
Foto: Divulgação

“É um projeto que avalia como as condições climáticas interferem na saúde das comunidades ribeirinhas. Então, a gente observa as questões do desmatamento, das queimadas, qualidade da água do Rio Paraguai, do ar, do solo, os principais vetores, o que circula em termos de vírus, bactérias e parasitas”, explica a pesquisadora de Feira de Santana que divide essa experiência com outros estudiosos do país e do mundo. 

Os trabalhos começaram em 2023 e têm duração de cinco anos. A pesquisa está sendo desenvolvida pela Fiocruz, Minas Gerais, sob a coordenação do professor Luiz Alcântara, e em parceria com a Marinha do Brasil, e os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Pesquisadores no Pantanal
Foto: Divulgação

Durante os trabalhos, os pesquisadores percorrem o vasto Rio Paraguai  levando atendimentos médico, odontológicos e de enfermagem aos ribeirinhos. Também aplicam vacinas, realizam coletas clínicas para exames laboratoriais e fornecem medicamentos, quando necessário. Casos não solucionados, são encaminhados para as secretarias de saúde. 

Nesse período, a pesquisadora de Feira de Santana participou de três das quatro viagens feitas até o momento e, segundo ela, tem sido uma experiência enriquecedora. 

Pesquisadores no Pantanal
Foto: Divulgação

“É incrível você conhecer pessoas que moram em regiões extremas totalmente sem acesso às coisas básicas do dia a dia e como elas sobrevivem com o alimento extraído do que plantam e colhem na terra e retiram da água. São populações que têm dificuldades de acesso a serviços de saúde. A partir dessa pesquisa vamos conseguir ter uma ideia mais abrangente do que mais atinge a saúde humana e a saúde animal”, observa Maricélia Maia.

Além de prestar o atendimento de saúde, clínico e odontológico, observam os fatores climáticos e ambientais para cruzamento de dados. Os pesquisadores querem saber como as mudanças climáticas contribuem para a proliferação de fungos, vírus e bactérias e qual o impacto na vida das pessoas. 

“São coletadas amostras de sangue dos ribeirinhos, também de materiais dos animais domésticos, da água do rio e das casas. As amostras são levados para laboratórios de alta tecnologia montados nos navios”.

Também participam pesquisadores de outros países, como Holanda, México, da Argentina, Colômbia e Portugal, além de representantes de instituições universitárias de outros estados brasileiros. 

“Esse projeto vai ajudar nas políticas públicas e na preservação do Pantanal”, pontua enfermeira Maricélia Maia.

As informações são da Secretaria de Comunicação Social

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