Jackson Costa, um dos mais prestigiados atores baianos com reconhecimento nacional, volta a encenar, nos palcos da Bahia, o espetáculo A Coisa, que foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.
Serão dez apresentações com preços populares, de 5 de setembro a 6 de outubro, distribuídas entre as cidades de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Feira de Santana e, também, encerrando a temporada, a capital sergipana, Aracaju.
Em Feira de Santana a apresentação dele será neste sábado e domingo (28 e 29), no Teatro da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).
O espetáculo
A proposta principal do espetáculo é musicalizar textos da rica tradição oral da poesia brasileira e portuguesa. Gregório de Mattos, Castro Alves, Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade, José Delmo e Ramon Vane, entre outros, terão seus poemas interpretados e acompanhados por uma banda de música popular contemporânea – formada por sintetizador, teclado, guitarra, baixo e percussão.
Recorrendo a recursos cenográficos e iluminotécnicos, A Coisa estrutura-se como um gênero polissêmico em que se associam o teatro, a música e a poesia, numa obra impactante e comunicativa. “O que busco é, justamente, a musicalidade de cada texto. E o acompanhamento sonoro em cena ajuda a colocar imagens nas palavras”, explica Costa.
Assim, experimentando um formato contemporâneo para os tradicionais recitais de poesia, o espetáculo promove a difusão de poemas importantes e sugere ao público dois desafios: a apuração de uma percepção mais sensível e a superação dos modelos rígidos a que estão submetidos os nichos culturais mercadológicos. Trata-se, ainda, de estimular a aventura das palavras a partir do contato com uma miscelânea de poemas. Um estímulo, sobretudo, à oralidade, já que esta é a origem histórica e tradicional da poesia.
Com direção de Paulo Dourado e produção da Sole Produções, o espetáculo conta com a participação de um cantor convidado diferente em cada apresentação. Sempre com um som contemporâneo eletrônico que mescla elementos percussivos e tribais. “Às vezes os textos parecem rap, mas com uma riqueza sonora e de idéias que não é comum na maioria dos raps; outras vezes utilizamos bateria solo para acompanhamento ou castanholas em poemas eróticos”, salienta o ator.
Serviço do Espetáculo “A Coisa”:
Valor do ingresso: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Agenda:
06 de setembro, 20h – Lauro de Freitas – Concha Acústica
14 de setembro, 21h – Salvador – Sala Principal do Teatro Castro Alves
21 e 22 de setembro, 20h – Camaçari – Cidade do Saber
28 e 29 de setembro, 20h – Feira de Santana – Teatro do CDL
05 e 06 de outubro, 20h – Aracaju – Teatro Tobias Barreto
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