Festival celebra força criativa, talento e sustentabilidade no Centro de Cultura Amélio Amorim em Feira de Santana

Feira de Santana respira cultura, arte e sabores da terra neste fim de semana com o Festival Regional de Cultura, Arte e Sustentabilidade, que começou nesta sexta-feira (4) e segue até o próximo sábado (5), no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana. Com entrada gratuita, o evento reúne talentos da música, da culinária, do artesanato e de quem faz o cinema local, propondo não apenas uma celebração das expressões artísticas da cidade, mas também um mergulho na essência do Portal do Sertão, da sua criatividade, força produtiva e consciência ambiental.

O festival é uma realização do vereador Pedro Américo (Cidadania), em parceria com diversas entidades culturais e sociais. Ao Acorda Cidade, o parlamentar destacou que vê na iniciativa um passo importante para fortalecer a economia criativa local.

“A gente entendeu que precisava-se dar mais visibilidade para o cinema produzido pelos próprios feirenses, os artesãos, as artesãs, os artistas plásticos também, as bandas e os novos artistas de Feira de Santana.”

Em tempos de mudanças climáticas extremas e a busca por alternativas econômicas mais sustentáveis, a feira trouxe a importância da sustentabilidade como valor essencial no fazer artístico.

“Pensar na cultura, na arte com a sustentabilidade, e a sustentabilidade não pode ser tratada como modismo, é algo que precisa permear o nosso cotidiano, pensarmos não somente na geração atual, mas em gerações futuras e percebendo que os artistas conseguem utilizar materiais recicláveis, por exemplo, para a confecção de grandes artes, de material que pode realmente contribuir para a nossa arte, para a nossa cultura. Isso faz todo sentido”, afirmou Cristiano Lobo, secretário de Cultura, Esporte e Lazer do município.

Além da sustentabilidade, eventos como esse resgatam o valor das práticas artísticas da cidade no dia a dia das pessoas. É o artesanal, a dedicação e a criação autoral que está bastante em discussão neste momento em que a Inteligência Artificial acaba se apropriando da criatividade alheia.

“Você pode observar que nesse espaço aqui tem grandes artistas apresentando material fantástico. E realmente é a tradução do que é a transformação em material de grande valor, pela sensibilidade que cada um tem, que emprega com muito amor aquilo que fazem”, completou o secretário.

Sabores e Talentos em Destaque

Entre os expositores, a confeiteira Mariana Dauta, do projeto Loucos por Cookie, encantou os visitantes com as delícias recheadas artesanais.

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“É minha especialidade. Além de fazer bolos, tortas, o que eu mais gosto de fazer são cookies recheados. Tem de diversos sabores, é crocante por fora, macio por dentro”, contou. Para pedir essas delícias, siga o @loucosporcookie.

Há três anos trabalhando com os cookies, ela contou ao Acorda Cidade que desde criança já tinha o dom e gostava de cozinhar em casa. Mariana destacou o impacto direto de iniciativas como o festival para o crescimento do seu negócio.

“Principalmente com incentivo de feiras, quando tem eventos assim, crescem muito mais minhas vendas.”

No estande das Delícias da Caatinga, a produtora Virgínia Monteiro, da Digeu, encantava os olhos e o paladar com doces feitos a partir de ingredientes do sertão.

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“Doces de licuri, que é o forte, bem vendido. Tudo à base de licuri, doce de umbu, paçoquinha também, tem balas. Tudo natural, muita coisa sem glúten.”

Virgínia também vende mel direto da colmeia, com e sem favo, entre outras gostosuras da terra, que são de dar água na boca. Para saber mais, acompanhe no @digeudelicias.

Economia Criativa e Audiovisual

Com uma vasta programação até às 22h, nos dois dias, a feira abriga ainda dois Concursos Musicais – Novos Artistas Feirenses, um para bandas e outro para artistas individuais. A ideia é abrir espaço para vozes inéditas, como afirmou Pedro Américo.

“Quando a gente consegue congregar a arte, a cultura, isso traz um outro elemento, fazer com que a arte possa ser uma opção de fato de economia criativa, de produção, de geração de emprego e renda em nossa cidade.”

Segundo o vereador, a resposta do público e dos artistas tem sido animadora. Após abertas as inscrições para o concurso, em uma semana já haviam 63 bandas inscritas.
“Algumas bandas não conseguiram tocar porque a demanda foi muito grande. Isso traz aí uma provocação de que existe um espaço para a gente poder trabalhar”, disse o vereador, já com os olhos voltados para uma possível segunda edição ainda este ano, em setembro.

Outro destaque é a Mostra de Cinema Feirense, que projeta curtas produzidos por artistas da cidade e que move a economia da região por meio do audiovisual.

“Você tem um grupo de pessoas. Só para se ter noção, para você fazer um curta-metragem, você precisa de 60 pessoas, entre produção, pós-produção, edição. Então, você vê que, de fato, isso movimenta a economia da cidade e envolve muitas pessoas”, explicou Pedro Américo.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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