Maragojije

Maragojipe terá a primeira indústria especializada em beneficiamento de carne de fumeiro do Brasil

O projeto prevê ainda a instalação de boxes para a comercialização dos produtos fabricados na unidade de beneficiamento.

Acorda Cidade

Tradicional produtor de carne de fumeiro da Bahia, o município de Maragojipe terá em breve a primeira indústria especializada em beneficiamento deste produto no Brasil. O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, e o diretor-geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Adab), vinculada à Seagri, Paulo Emílio Torres, apresentaram aos pequenos produtores de Maragojipe, esta semana, o anteprojeto da unidade de beneficiamento.
 
Maragojipe possui aproximadamente 500 pessoas envolvidas diretamente na produção de carne de fumeiro e derivados, que têm a atividade como única fonte de renda. “A produção de carne de fumeiro é uma tradição em Maragojipe, que passa de pai para filho. Eu herdei essa vocação de meu pai, e meu filho atualmente trabalha comigo na produção de carne de fumeiro e sarapatel”, ressaltou o produtor de carne de fumeiro, Valfredo Carneiro.
 
De acordo com Salles, a indústria vai diminuir os custos, otimizar a produção e a comercialização do produto terá qualidade comprovada. Além da carne defumada, a indústria vai processar os derivados da carne suína, beneficiando as fateiras que utilizam os miúdos.
 
Valor agregado
 
“Conversei com a produtora de sarapatel Célia Santana de Jesus, que há 30 anos trabalha de forma artesanal na atividade, e comercializa o quilo do kit para sarapatel por R$ 6, produto revendido nos mercados em Salvador por R$ 18. A tecnologia da indústria vai aumentar o valor agregado do produto e garantir maior lucro para esses pequenos produtores”, disse o secretário.
 
O projeto prevê ainda a instalação de boxes para a comercialização dos produtos fabricados na unidade de beneficiamento. O terreno está localizado estrategicamente em local de grande movimento e visibilidade, contando, além da planta industrial, com um ponto de venda dos produtos.
 
“Nossa proposta é dar sustentabilidade à cadeia da carne, combater o abate clandestino e assegurar a alimentação da população com a oferta de carne e derivados sadios e de qualidade, aliados à sustentabilidade ambiental, social e econômica”, enfatizou Paulo Emílio Torres.
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