Bahia

Audiência pública aborda saúde integral de lésbicas e bissexuais

Margarida França (Guida), da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), enfatizou que um dos maiores avanços nesta questão foi a implantação do Sistema Nacional de Saúde Integral de LGBT.

Acorda Cidade

A saúde integral das lésbicas e mulheres bissexuais da Bahia foi o tema discutido na última terça-feira (3), em audiência pública, na Assembleia Legislativa. O encontro foi promovido pelo mandato de Bira Corôa com o objetivo de pautar a discussão sobre o assunto, além de dar visibilidade ao segmento.
 
Para o deputado, que presidiu a mesa, as políticas de estado e de responsabilidade do governo não têm chegado na mesma proporção e condição de acessibilidade a todos os setores da sociedade, motivo pelo qual o debate se faz necessário e prioritário. “Estamos falando de um setor que se sente discriminado no cotidiano, até mesmo em uma simples consulta ao ginecologista. Não discutiremos aqui apenas a aplicabilidade da saúde, mas o contexto estruturante do setor de saúde para com esse segmento da sociedade, buscando alternativas para melhorias,” explicou.
 
Em seu discurso, Virgínia Nunes, da Liga Brasileira de Lésbicas, enfatizou a falta de orientação dos médicos do SUS e de conhecimento por parte das lésbicas e bissexuais da importância da consulta médica, sobretudo ginecológica. “De acordo com pesquisas no segmento, muitos médicos não se sentem capacitados tecnicamente para abordarem o assunto e elas têm receio de serem tratadas com distinção e acabam alimentando dúvidas. O resultado disso é um consulta impessoal que não reconhece as diferenças das mulheres lésbicas e bissexuais e pacientes acuadas com receio da discriminação, afastando-as dos consultórios”.
 
Margarida França (Guida), da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), enfatizou que um dos maiores avanços nesta questão foi a implantação do Sistema Nacional de Saúde Integral de LGBT. “Essa iniciativa é um divisor de águas que vem possibilitando uma maior organização e visibilidade para a área técnica que trata do assunto na Sesab. Contudo, ainda este semestre, vamos implantar um comitê consultivo composto por representantes dos diversos órgãos relacionados para nos estruturarmos melhor e fortalecermos nossa atuação,” disse Guida.
 
Ainda, participaram da mesa representante do Coletivo Lesbibahia, Lívia Ferreira; do instituto Yalodê, Altamira Simões; do Ministério Público, Márcia Regina Ribeiro; e da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Paulette Furacão.
 
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários