Feira de Santana

Moradores protestam contra obras da prefeitura e impedem continuidade dos serviços

Durante a manifestação, os moradores impediram que as obras, já em execução, tivessem continuidade.

Daniela Cardoso
 
Moradores do loteamento Porto Seguro, no bairro Calumbi, em Feira de Santana, realizaram uma manifestação nesta segunda-feira (2) para reivindicar contra obras de pavimentação da prefeitura. Eles alegam que 12 ruas do bairro necessitam ser calçadas, porém apenas nove serão atendidas. Durante a manifestação, os moradores impediram que as obras, já em execução, tivessem continuidade. 

 
Iraci de Jesus Brito, que mora na rua principal, afirmou que não vai aceitar que as obras sejam realizadas pela metade e cobrou providências ao prefeito José Ronaldo de Carvalho. 
 
“Queremos nossos direitos, pagamos nossos impostos. Ou calça todas as ruas ou não calça nenhuma. O prefeito prometeu e vai ter que cumprir. Estamos reivindicando nossos direitos, nós não vamos aceitar que calce apenas a metade das ruas. Está na hora de resolver todos os problemas”, afirmou. 

 
Nalva Reis, moradora da rua Porto Sul, contou que quando chove, a rua fica alagada e também cobrou o calçamento em todas ruas.
 
“Esse bairro é pequeno e não tem necessidade de calçar só a metade, por isso estamos reivindicando. Queremos todas as 12 ruas calçadas”, destacou. 
 
 
O morador Diogo Araújo falou sobre a insatisfação dos moradores e reafirmou o que todos os outros disseram. 
 
“Estamos insatisfeitos porque nessa rua tem muitas crianças e se eles não calçarem tudo, vai continuar cheio de lama. Ou calça tudo ou não calça nada. Estou disposto a perder minha semana de trabalho para reivindicar isso”, disse.
 

Bárbara Gomes da Cruz, que mora na rua José Paulo da Silva, informou que quando chove a rua fica alagada, entra água nas casas dos moradores e que ninguém consegue passar. 
 
“Nós ainda sofremos com os buracos desta rua e o prefeito não quer calçar. A gente sempre reivindica e a situação está muito difícil. Quando a gente votou, confiamos nele e agora ele tem que fazer o serviço completo”, destacou.
 
 
Edson Oliveira disse que já esperou muito pelas obras e já perdeu a paciência. Ele conta que tem mais de 15 anos que mora no local e sempre ouviu promessas. 
 
“Nós estamos no centro da cidade e não temos nem o básico, que é o saneamento. Não aceitamos serviço pela metade”, finalizou.  
 
 
O secretário José Pinheiro, em contato com o Acorda Cidade, explicou que foi feito um planejamento e que uma metragem, que vai beneficiar sete ruas, foi estabelecida. Sobre o protesto e a paralisação das obras, ele disse que todos têm o direito de protestar e que é só o prefeito José Ronaldo para decidir sobre a continuidade das obras. 
 
“Onde tem condições de fazer a pavimentação, nós vamos fazer. Pegamos esse projeto, fizemos a licitação, a empresa ganhou e demos a ordem de serviço. Nesse momento é impossível fazer o que os moradores querem, pois não foi feita a licitação para a obra nas 12 ruas. Se as pessoas acham que não deve calçar nada, tem que vim uma comissão conversar com o prefeito para definir”, afirmou Pinheiro. 
 
As informações são do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.