A noite de sexta-feira (14) foi de celebração, memórias e homenagens no Casarão Fróes da Mota, em Feira de Santana. O jornalista e colunista social Oydema Ferreira comemorou seus 50 anos de dedicação ao jornalismo com o lançamento de um livro que resgata parte de sua trajetória na comunicação baiana. O evento reuniu empresários, jornalistas, professores e diversas personalidades da cidade, em um reconhecimento ao legado deixado pelo profissional ao longo das cinco décadas.
Filho de Maneca Ferreira, cujo nome batiza o circuito principal da Micareta de Feira de Santana, e de Josina Torres Ferreira, Oydema teve sua paixão pela comunicação despertada desde cedo. Seu primeiro contato com o jornalismo veio em 1974, na Folha do Norte. Desde então, sua carreira foi marcada por colaborações em veículos como Jornal da Bahia, Tribuna da Bahia, A Tarde, Diário de Notícias, Feira Hoje, Gazeta Feirense e Tribuna do Estado. Atualmente, ele é colunista fixo do jornal Folha do Estado, publicando todas as quartas-feiras.
“Comecei na Folha do Norte a convite de Hugo Navarro Silva, o grande jornalista e grande jurista. Ele foi maravilhoso, insistiu e eu não queria de jeito nenhum. Comecei como ‘Kleber Comenta’, que era o nome do meu sobrinho, que hoje já está adulto e está aqui entre nós. Aí a Adenil Falcão me chamou para o Jornal da Bahia e me exigiu o meu nome. A partir daí passei a ser Oydema Ferreira”, relembrou.
O lançamento de seu livro Memórias de Oydema Ferreira se mistura à sua história e à da Princesa do Sertão, reunindo colunas que contêm memórias da cidade. A obra foi editada pela Fundação Senhor dos Passos, através do Núcleo de Preservação da Memória, e compila escritos do ano de 1977, trazendo um retrato fiel da sociedade feirense daquela época sob o seu olhar.
Para Oydema, a emoção de celebrar meio século de profissão ao lado de tantas pessoas queridas é o reflexo de uma caminhada pautada pelo amor e pela dedicação que ele tem com as pessoas.
“É o coração das pessoas gratas a quem dedicou amor a todas elas. Porque você não recebe, você não tira um fruto daquilo que você não semeou. E eu sei que na minha trajetória de vida eu semeei muito amor. Porque é isso que eu sei dar na vida, minha missão é essa. É ser amigo de verdade, nas dores e nas alegrias”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.
O jornalista Valdomiro Silva, que trabalhou com Oydema no Feira Hoje nos anos 90, destacou a qualidade do trabalho do colega como um jornalista do mais alto nível. Ele, que leu centenas de colunas feitas por Oydema, sabe o quanto ele possui um conhecimento inestimável, inclusive sobre as pessoas que estiveram na sociedade feirense.
“Tanto intelectual quanto do caráter e sensibilidade. É um ser humano muito especial e um cidadão feirense que lutou muito durante toda esta vida de comunicação dele por Feira de Santana. Defendendo com a sua crítica sempre muito bem feita, moderada, mas muito firme”.
A noite também contou com a presença do estilista e amigo de longa data, Júlio César Habib, que ressaltou a importância do jornalista para a cidade.
“Oydema é um homem de grande caráter, um sustentáculo da sociedade de Feira de Santana. Há 50 anos somos amigos e é muito importante dizer que eu sempre acompanhei a vida dele e ele a minha”.
Para Dimas Oliveira, que conhece bem a história de Oydema, o jornalista sempre trouxe um olhar diferenciado para o colunismo social de Feira. Ao Acorda Cidade, ele ressaltou a importância desse registro para a construção da memória feirense.
“Coluna social pode ser menosprezada, mas ele tinha um olhar diferente, que tinha notas econômicas, políticas e também as notas ditas sociais. Então é uma noite de muito brilho e importante para Feira de Santana. Esse livro é um retrato de sua importância na comunicação local”.
A médica Iracema Brandão também esteve no evento para prestigiar a trajetória de Oydema para a história do jornalismo em Feira de Santana. Ela destacou que ele é um dos últimos jornalistas da antiga época que ainda mantém uma coluna social tradicional.
“É uma pessoa muito boa, muito generosa e a gente tem que estar realmente prestigiando. Faz parte da memória de Feira. Cada vez mais os jornais impressos estão desaparecendo e a gente precisa realmente prestigiar”, afirmou.
A celebração não apenas resgatou a história do colunismo social, mas também reafirmou a importância da imprensa local para a valorização da cultura e tradição da cidade. Ainda durante a noite, outras 70 personalidades feirenses foram homenageadas com a entrega da Comenda Jubilar com o nome Oydema.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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