Um incêndio atingiu um casarão de cerca de 150 anos no início da tarde desta quinta-feira (13) em Feira de Santana. O imóvel, que fica localizado na Avenida Senhor dos Passos, está desocupado a duas décadas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas e não há registro de vítimas.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a enfermeira Karine Cardoso contou que o imóvel pertence à família dela há mais de um século e que há cerca de 20 anos está desocupado. Ela explicou que o casarão armazenava muitos móveis de madeira, lembranças de quando a avó morava no local.
“A gente guarda muitas lembranças, mas é algo antigo que está em demolição e precisa ser realmente retirado. Ele já está em ruínas, então não tem mais como recuperar. Eu fui buscar minha irmã, pois é ela que responde legalmente. Ele estava fechado há muito tempo, ninguém estava usando. Provavelmente, tudo que tinha foi comido por cupim”, disse Karine.
Riscos de desabamento
A subtenente Sampaio, do Corpo de Bombeiros, contou que uma equipe com quatro agentes foi suficiente para controlar o incêndio. A oficial explicou que, além das chamas serem pequenas, o fato de o prédio estar desocupado e isolado de construções facilitou o trabalho.
“O incêndio já foi controlado. O prédio está isolado, com um terreno baldio de um lado e um estacionamento do outro. Porém, o risco é de desabamento, porque é um prédio que já estava abandonado há tempo e é velho. Vamos isolar para que ninguém se aproxime. Um risco grande é esse. Como todo prédio abandonado e velho, corre esse risco se houver um incêndio. As paredes esquentaram como qualquer prédio velho. Se esquentar demais, acontece o desabamento”, finalizou a subtenente.
Problema recorrente
Daniela de Freitas, proprietária de uma gráfica que fica a poucos metros do casarão, contou que é a terceira vez que o prédio é atingido por um incêndio. Em entrevista ao Acorda Cidade, ela revelou estar preocupada com os possíveis riscos que o imóvel representa.
“Está havendo um descaso. Eu soube que a prefeitura já foi notificada, mas até então está aí. Alguém tem que tomar uma providência. Existe essa preocupação porque não é a primeira vez que acontece um incêndio. Desta vez foi de uma forma mais intensa.”
Com informações do repórter Paulo José, do Acorda Cidade
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