Com o anúncio da paralisação nacional, nesta sexta-feira (30), organizada pelas centrais sindicais, a exemplo sindicato do transporte público, muitos feirenses não saíram de casa para trabalhar no comércio, outros porém decidiram ficar à espera nos pontos com esperança de passar algum ônibus ou mesmo vans do transporte alternativo e clandestino.
Até por volta das 8h30, algumas lojas ainda não tinham aberto suas portas, conforme orientação do Sindicato dos comerciários, que pediu aos proprietários que aderissem em massa à paralisação nacional.
A maioria das lojas das ruas Marechal Deodoro, Sales Barbosa e J.J. Seabra, e avenida Senhor dos Passos estava fechada até as 11h. Até mesmo os vendedores ambulantes não foram ao centro comercial nesta manhã.
Portas abertas
Muitos estabelecimentos, porém, decidiram seguir o horário de funcionamento normalmente, como pôde ser observado na Avenida João Durval Carneiro, nas proximidades do Shopping Boulevard até a Getúlio Vargas. Nesta, também, clínicas, lojas de material de construção, autopeças, concessionárias e farmácias, dentre outras, abriram normalmente. Uma agência da Caixa Econômica e uma do Bradesco abriram hoje pela manhã.
O movimento nas ruas, claramente, está mais calmo que o normal, sobretudo, devido ao anúncio de que os bancos também farão parte do dia de mobilizações e por isso não devem abrir as portas. As escolas públicas e poucas particulares não funcionaram. Os órgãos municipais foram orientados a funcionar normalmente, principalmente os ligados à saúde.
Nas esquinas, grupos conversavam à espera de alguma manifestação. O trânsito estava bom, pelo menos nas principais avenidas e adjacências não houve engarrafamentos.
Entre os que decidiram abrir as portas está o empresário Moises Santana Silva, do ramo de telefonia, que está com o número de funcionários reduzido devido à paralisação dos ônibus. O movimento de clientes também foi menor que o habitual, segundo ele.
“A gente está com o número reduzido de colaboradores. Os que não puderam se deslocar até o trabalho, a gente liberou e mantivemos uma estrutura mínima. Estamos tendo movimento na loja, mas não na mesma frequência que os dias normais”, afirmou.
O comerciante disse entender e até mesmo apoiar o movimento, mas lembrou que a paralisação gera prejuízos. “A gente entende o movimento dos trabalhadores, mas por obrigação contratual e respeito ao cliente a gente tem que funcionar”, ressaltou.
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