Nos dias 27 e 28 de fevereiro, o Plantão Integrado de Direitos Humanos esteve em operação nos circuitos do Carnaval de Salvador, registrando um total de 43 ocorrências, entre violações de direitos, casos de vulnerabilidade social, prováveis crimes e supostos atos infracionais cometidos por adolescentes. A iniciativa, que mobiliza mais de 30 instituições, reforça a proteção de grupos vulneráveis e a fiscalização de irregularidades durante a festa.
Pelo terceiro ano consecutivo, o trabalho infantil foi uma das principais violações registradas, com 15 casos identificados. No entanto, o número representa uma redução expressiva de 93% em relação ao mesmo período do ano passado, um indicativo dos impactos positivos da atuação do Plantão e das políticas de prevenção e combate ao trabalho infantil implementadas ao longo dos anos. Foram registrados também 7 casos de acolhimento e 7 casos de suposta negligência de vulnerável.
A atuação do Plantão Integrado se mostrou essencial para mitigar impactos sociais durante a folia, mas os desafios persistem. O balanço parcial da operação demonstra a importância da continuidade das ações para garantir um Carnaval mais seguro e inclusivo para todos.
Além do atendimento presencial em postos fixos e equipes volantes nos circuitos, o Plantão contou com atendimento virtual, possibilitando maior alcance das ações. Ao todo, 160 profissionais especializados estiveram diretamente envolvidos na operação.
Para além das intervenções diretas, o Plantão Integrado apostou em ações preventivas como a campanha “Respeito é Nosso Direito”, distribuição de pulseiras de identificação para crianças e fiscalização de violações.
Outro ponto de destaque foi a capacitação prévia de mais de 1.300 profissionais, incluindo agentes de segurança pública e equipes técnicas, garantindo maior preparo no atendimento das ocorrências.
Ambulantes
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, destacou os trabalhos realizados pela secretaria em prol dos ambulantes que estão trabalhando na festa.
“Disponibilizamos sete espaços para acolher filhos de trabalhadores ambulantes. Elas ficam acolhidas em segurança durante a festa, enquanto os pais trabalham, e vamos ampliar esses espaços, porque a gente sabe que muitos pais trazem os filhos para a festa porque não têm com quem deixar. Também estamos ofertando espaços de banheiros para os ambulantes e uma oferta de alimentação. Eles são um número grande, eles são trabalhadores informais e a gente se preocupa e está fortalecendo essas ações”, destacou.
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