Escola de Tempo Integral: conheça como funciona esse modelo de ensino na Bahia

A educação em tempo integral nas escolas é um modelo que amplia o período de permanência dos alunos na escola, oferecendo auxílio pedagógico específico e uma variedade de atividades extracurriculares, além das aulas tradicionais. Feira de Santana possui três escolas estaduais neste modelo. O Acorda Cidade esteve em uma delas, na escola Georgina de Melo Erisman, no bairro Olhos D’Água, para conhecer como funcionam as atividades.

A professora Bárbara Pinheiro, que é vice-diretora da escola, destacou que ela funciona ofertando uma educação de tempo integral ao aluno, então ele fica a maior parte do tempo na escola, iniciando as aulas às 7h30 e finalizando às 15h. Após esse período a escola oferta oficinas artísticas, reforço de aprendizagem, práticas esportivas, autoconhecimento e autocuidado. Além disso, os alunos fazem três refeições na escola.

“O foco é trabalhar numa educação integral, então o objetivo não é cuidar somente da parte pedagógica, mas cuidar do estudante como um todo. A escola de tempo integral oferta maiores possibilidades do que uma de tempo parcial. Nesse modelo o aluno tem um tempo ampliado de estudos. Adotamos a carga horário de 35 horas semanais. O aluno tem sete aulas por dia, cinco no turno de manhã, tem o intervalo no almoço, e a tarde retornamos com mais duas aulas. Após as 15h, é o momento das oficinas. Lembrando que todos os nossos estudantes têm direito a alimentação escolar reforçada, assim como o almoço”, destacou a diretora.

Para que o aluno se adapte as horas no ambiente escolar, Bárbara Pinheiro informa que a escola realiza um trabalho de conscientização, tanto com os próprios alunos, como com os pais. Segundo ela, esse é um dos maiores desafios enfrentados pela instituição.

“Trabalhamos muito com a conscientização. Desde o momento da matrícula nós falamos com os pais da importância desse aluno estar na escola dentro da carga horária, e também com o próprio aluno sobre a importância de ele aproveitar ao máximo essa oportunidade de estar na escola. Às vezes, por uma questão de necessidade, a família quer que o estudante saia mais cedo para dar um apoio nas demandas familiares e com isso existe certa resistência, mas a gente tem trabalhado para explicar a importância desse tempo para que o aluno esteja na escola”, ressaltou ao Acorda Cidade.