Bahia é o único estado do país a ultrapassar a meta de jovens na escola

Mais de 92% dos baianos em idade escolar frequentam a escola. Os números fazem da Bahia o único estado do país a ter conseguido ultrapassar a meta estabelecida para o Brasil garantir a oferta de uma educação de qualidade. A pesquisa De olho nas Metas, divulgada ontem pelo movimento Todos pela Educação, mostra que o percentual dos baianos com 4 a 17 anos que está na escola é de 92,52%, enquanto a média nacional é de 91,43%. O estudo é feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Os resultados mostram ainda que a renda, o fato de o pai trabalhar ou não, e morar ou não na zona urbana têm forte impacto na probabilidade de frequentar a escola. Verificou-se, também, que fatores de gênero e cor têm influência decisiva: pessoas do sexo feminino e/ou brancas apresentam taxas de atendimento maiores. Com isso, esforços adicionais devem ser feitos para incluir crianças e jovens que estejam fora desses perfis.

Para a superintendente de Acompanhamento e Avaliação da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Eni Bastos, o desempenho da Bahia reflete a política educacional adotada pelo Estado. “Os resultados da última Pnad mostram que melhoramos na alfabetização, no acesso e frequência escolar, e na média de anos de estudos. Não é surpresa para a Bahia este resultado. Todas as pesquisas que vem sendo publicadas sinalizam que nossa educação começa a mudar para melhor”, explica a superintendente.

Entre as ações desenvolvidas pela Secretaria da Educação que contribuem para estes avanços, ela cita os programas e projetos de apoio aos municípios. Entre eles, estão o apoio do órgão estadual à elaboração dos planos municipais de educação, dos planos de carreira dos profissionais do magistério, à organização dos sistemas de ensino, à formação de conselheiros da educação, de gestores escolares e no desenvolvimento do projeto Círculos de Avaliação. “Temos a clareza que, para melhorar a educação no Estado, é necessário trabalhar em conjunto com os municípios”, destaca Eni Bastos.

Para monitorar se a evolução da Educação está acontecendo no ritmo necessário, o Todos pela Educação definiu projeções intermediárias, que dão subsídios à sociedade civil e aos gestores públicos para avaliarem se as políticas públicas implementadas estão na direção correta para que as 5 Metas sejam efetivamente alcançadas até 2022. O relatório foi desenvolvido pela pesquisadora Regina Madalozzo, doutora em economia e professora do Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa, e supervisionado por Viviane Senna e Mozart Neves Ramos, respectivamente, coordenadora da Comissão Técnica e presidente executivo do movimento Todos pela Educação.

 “Esses resultados servem de alerta para os gestores públicos e todos nós que atuamos pela melhoria da qualidade da educação brasileira. São dados que indicam uma necessidade de mais investimentos e maiores esforços de gestão para que, efetivamente, tenhamos melhoria da qualidade da educação brasileira, cujo maior indicador é o aprendizado das crianças e jovens”, ressalta Viviane Senna.

Informações da Ascom/SEC

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