A vereadora Eremita Mota (PP) afirmou que a conclusão da reforma do prédio anexo da Câmara de Vereadores de Feira de Santana não foi finalizada em seu mandato como presidente da Casa por uma questão técnica. A vereadora explicou que, devido ao cronograma apertado, o serviço não pôde ser entregue.
“Eu não podia fazer mais além do que foi feito. Minhas contas pediam para ter um limite. Então, pude fazer até aquele ponto. Quando a coisa acontece para o bem, ninguém elogia. Eu fiquei com medo do prédio ser condenado e colocamos uma equipe técnica para verificar. Mesmo assim, na hora da quebradeira, foram verificadas coisas mais complicadas. Então, é necessário que se termine a estrutura de forma bem feita”, disse Eremita.
A vereadora explicou que o prazo para a conclusão foi ampliado porque surgiram situações que impediram o bom andamento do cronograma. A ex-chefe da Casa Legislativa de Feira de Santana deixou claro que, ao não entregar a obra, não cometeu nenhuma irregularidade.
“Nenhum segmento diz que eu sou obrigada a terminar o prédio a toque de caixa. Para quê? Para fazer uma cobertura de gesso que pudesse desabar? Colocar um vaso sanitário folgado, como estava? Não, tem que dar uma estrutura bem feita. A nossa intenção era fazer bem feito, terminar o prédio de uma maneira que a estrutura fique adequada e que dure. O dinheiro [público] não é para rasgar e lascar”, disse.
E os documentos?
O sucessor de Eremita na presidência da Câmara, vereador Marcos Lima (União Brasil), concedeu uma entrevista ao Acorda Cidade no final do mês de janeiro. Questionado sobre o andamento da obra do prédio anexo, à época o presidente disse que “a obra estava paralisada desde novembro de 2024”, sabia bem pouco sobre os trabalhos e aguardava documentos para se atualizar sobre o assunto.
Sobre a declaração, Eremita rebateu: “Ficou tudo certo. A minha parte está finalizada. Se fosse comigo, eu já estaria junto com a equipe providenciando para deixar o prédio pronto. Cada hora que eles pedem um documento, minha equipe está entregando. Estou aqui há 20 anos na Casa, nunca vi pedirem tanta coisa depois que termina uma gestão da presidência. Cada um toca o seu mandato e toma parte de tudo. Nós fizemos a transição. Mas eles continuam pedindo, não tem problema nenhum. Se pedirem, a gente está passando”, concluiu Eremita.
Trocou de Zé?
A vereadora foi questionada se haveria possibilidade de retornar para a base governista, uma vez que já esteve alinhada com o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil), em outros momentos. Eremita foi categórica ao afirmar que é oposição.
“Sou muito coerente em tudo que faço, principalmente na política. Não tenho histórico de ter sido eleita em um partido e estar apoiando outro. Minha conversa é com Jerônimo, é com o lado do partido ao qual eu apoiei, e o PP continua com a mesma linhagem. Eu sou taxativa: não sou do lado dele [José Ronaldo] e pronto. Eu sou oposição”.
Pinga Fogo
Ainda sobre a possível não entrega de documentos por parte da vereadora, Eremita disse que já entregou tudo o que foi solicitado até então. A ex-mandatária esboçou energia ao afirmar que não quer disputa, mas está preparada para um confronto caso seja provocada.
“Está procurando briga? Eu não quero brigar com ninguém. Agora, se me bolir, também ouve. Porque eu não tenho medo, eu não sou uma mulher medrosa. Se mexer comigo, eu vou brigar e tenho coisa também para falar. A gente faz a coisa correta. Até agora, graças a Deus, não tem nada que me impeça. Minhas contas foram aprovadas direitinho. Agora, se está procurando um pezinho, também vai achar”, concluiu Eremita.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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