"O celular é importante, mas a família é mais", diz governador sobre a proibição do uso do aparelho nas escolas

O governador Jerônimo Rodrigues esteve na manhã desta segunda-feira (10) no município de Conceição do Jacuípe, onde abriu oficialmente o ano letivo de 2025 da rede pública estadual de ensino.

Na ocasião ele também inaugurou o novo Colégio Estadual de Tempo Integral da cidade. O governador afirmou que esse será um ano muito importante para a educação, com prova de avaliação do Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica].

“Nós estamos cuidando para ver o resultado da avaliação, como vimos no final do ano com nossos alunos passando no Enem, entrando nas universidades em diversos cursos. Estou numa expectativa muito grande, esse ano será trabalhado o tema da sustentabilidade e da aprendizagem. Estamos felizes”, destacou.

O governador também falou sobre seu desejo de abrir as escolas estaduais durante os finais de semana. Ele destacou que existem métodos e programas que garantem a escola aberta, sem sobrecarga para os professores.

“Onde puder abrir escola aos finais de semana, vou abrir. Não diz respeito a sobrecarregar a vida do professor. Temos métodos que garantem a escola estar aberta, garantindo as condições de trabalho justas. Temos programas com monitoria, como o Educa Mais Bahia para que as escolas nas localidades que os estudantes querem, abram para atividades aos fins de semana”, destacou.

Proibição do uso de celular nas escolas

O governador comentou sobre a proibição do uso dos aparelhos de celular em sala de aula. Segundo ele, o problema não é o celular, pois entende a importância do aparelho, porém ele analisa que é preciso se pensar a forma como o celular está sendo utilizado pelos estudantes.

“Tenho a certeza da importância do celular, mas também sei da importância da família e da educação. Então a lei veio regulamentar o uso. Temos no programa do ano letivo momentos do uso do celular na escola, como uma ferramenta pedagógica importante, quando o professor pode usar para um exercício. Não se trata de jogar o celular na lata do lixo. Precisamos de momentos para colher a atenção do estudante. Não queremos que os estudantes entendam como proibição, é deixar guardado nos horários da aula. Esse tema não pode ser um tema de batalha contrária a educação. Tenho visto muitos jovens que concordam com a medida. É respeitar as regras e os horários da escola, isso não pode aparecer como uma coisa ruim”, avaliou.

Reprovação dos alunos

Jerônimo Rodrigues também falou sobre um assunto polêmico, que é a reprovação dos estudantes. Ele explicou que defende que o aluno possa passar para o ano seguinte, sem ser penalizado, mas com o compromisso de repetir apenas as matérias em que que foi reprovado.

“O estudante que passa um ano estudando e perdeu na disciplina de História, por exemplo, ele tem que repetir tudo de novo. É um castigo? eu não estou dizendo que tem que aprovar todo mundo. Quem não frequenta a escola não pode ser aprovado, quem não frequenta o regimento escolar, não vai ser aprovado. Mas o jovem que perdeu em uma ou duas disciplinas, a escola avança o aluno, condicionado a ele pagar as duas disciplinas. Qual o pecado, qual o erro nisso? Não estamos aprovando quem não quer estudar”, ressaltou.