Presidente de ONG defende instalação de clínica do SUS para atender pacientes com fibromialgia, lúpus e dores crônicas

A presidente da ONG Amor que Conforta, uma instituição que atende pessoas com dores crônicas em Feira de Santana, defende que a cidade tenha uma clínica que atenda pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os pacientes com lúpus, fibromialgia e outras doenças que geram dores crônicas. De acordo com Eliana Santana, esses pacientes sofrem muito com as dores e muitos, que não têm condições de pagar por consultas particulares, precisam se deslocar para atendimento em Salvador.

“Nosso maior sonho é que Feira de Santana tenha uma clínica da dor. A cidade precisa. O Hospital Dom Pedro já está fazendo esses atendimentos, mas é particular. As pessoas estão saindo de Feira para fazer tratamento em Salvador, já que aqui não tem uma clínica da dor para acolher essas pessoas, sendo que Feira é uma cidade grande”, afirmou.

Eliana Santana destacou quais atendimentos são oferecidos pela ONG. Para ser um associado, a pessoa paga uma taxa mensal de 10 reais para contribuir com as despesas básicas, já que a instituição não tem nenhuma ajuda governamental.

“Atendimentos com massoterapeuta, terapeuta em reiki, assistente social para ajudar os pacientes em cadastros necessários, verificar as condições financeiras da pessoa para tentar encaminhá-la para o CRAS, para fazer passe livre. Temos psicólogo, temos o setor jurídico para as causas trabalhistas e previdenciárias, pois temos muitos associados com benefícios negados. É um grande problema que está adoecendo ainda mais as pessoas com fibromialgia. A ONG oferece também roda com psicólogo, terapia em grupo familiar, porque a família não entende porque os pacientes sentem tanta dor e às vezes acham que é frescura”, afirmou.

Eliana Santana também falou sobre a assistência prestada pelo município para pacientes com dores crônicas, especialmente os que têm fibromialgia. Segundo ela, a assistência precisa melhorar.

“A gente está com uma nova gestão e vamos procurar o novo secretário para conversar. Até então, todas as questões que levamos até a secretaria de saúde, tivemos ajuda, a exemplo da carteirinha que não existia aqui em Feira de Santana e que foi implementada através do nosso esforço”, disse.