Procissão

Chuva e frio não atrapalharam a fé e o amor dos católicos à Senhora Santana

Como estava previsto às 16 horas os andores com as imagens de santos das diversas paróquias da arquidiocese começaram a deixar a Catedral Metropolitana.

Daniela Cardoso e Ney Silva
 
A chuva e o frio, registrados na tarde desta sexta-feira (26), não atrapalharam a procissão em louvor a Senhora Santana. Como estava previsto, às 16 horas os andores com as imagens de santos das diversas paróquias da arquidiocese começaram a deixar a Catedral Metropolitana. 

 
A praça Monsenhor Renato Galvão ficou lotada de devotos que foram prestigiar o evento. No portão principal da igreja, até a saída do estacionamento, foi formado um cordão de isolamento por homens do Exército, para que os andores fossem levados para a procissão.
 
A comerciária, Sueli Gonçalves, todos os anos participa da procissão. Ela estava muito emocionada. “É muita emoção, muita esperança e muita alegria nessa festa tão bonita que é a de Senhora Santana. Debaixo de frio e chuva temos que ter esperança”, afirmou, enquanto esperava ansiosa pela saída do andor com a imagem de Santana.

 
A secretária da Faculdade Arquidiocesana, Janiele Ferreira Dourado de Oliveira, estava tão emocionada que chorou, logo após a saída da imagem de Santana. “É muita emoção, é um ano todo de preparação. Você entrega a vida, a família. Nesse momento não tenho palavras”, disse. Ela acrescentou ainda que é um momento grandioso para o povo católico de Feira de Santana.
 
Diversos políticos, como o deputado estadual Carlos Geílson, os deputados federais Colbert Martins e José Nunes, alguns vereadores e os secretários municipais, Ildes Ferreira e Jailton Batista, participaram da procissão. O vice-prefeito Luciano Ribeiro, representou o prefeito José Ronaldo de Carvalho. 
 
 
Luciano falou sobre a história da procissão de Santana e lembrou que a festa antes era realizada no mês de julho e mudou-se para janeiro, que é período de verão, mas que o saudoso bispo Dom Silvério voltou a festa para julho. Como atualmente voltou a chover nesse período, Luciano defende que se nos próximos dois anos continuar a chuva em julho, deve se repensar na mudança de data. 
 
Uma das razões apontadas pelo vice-prefeito para a mudança da data, é que existem imagens seculares que foram restauradas a pouco tempo e não podem ser molhadas. “Mas por enquanto está tudo muito bom, muito lindo. A fé do povo prevalece mais do que qualquer coisa”, salientou.
 
Ao avaliar a dimensão da festa de Santana, o vice-prefeito Luciano Ribeiro, destacou a fé dos devotos. Ele observou que a praça estava lotada e ninguém deixava o local, apesar da chuva. “Eu diria que a festa de Santana não tem uma dimensão somente religiosa. Hoje é feriado municipal, é um dia consagrado à cidade”, afirmou.
 

 
O Arcebispo metropolitano de Feira de Santana, Dom Itamar Vian, repetiu a frase do Papa Francisco que, durante a Jornada Mundial do Rio de Janeiro, afirmou que a fé é mais forte do que o frio e do que a chuva. “Estamos constatando a mesma coisa. Uma multidão dessa, em um dia de frio e de chuva, está participando da precisão e nós queremos agradecer a Deus por essa fé do povo do sertão”, destacou. 
 
Segundo Dom Itamar, o número de pessoas participando da festa não é inferior ao do ano passado, o que demonstra mais uma vez, na opinião dele, que o católico feirense tem um amor especial a Senhora Santana. 
 
Questionado sobre a possibilidade de mudança da data da festa, o Arcebispo, que já está há 18 anos no comando da igreja católica, não concorda com a opinião do vice-prefeito Luciano Ribeiro. “Essa data não será mudada. Já estou há 18 anos em Feira de Santana e essa é a primeira vez que chove. Isso é um grande presente de Deus. Parece que quanto mais chuva, mais gente comparece a procissão. Deus seja louvado e muito obrigado ao povo de Feira de Santana”, disse Dom Itamar emocionado.