Laiane Cruz
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Feira de Santana conta atualmente com aproximadamente mil mototaxistas irregulares, segundo informou ao Acorda Cidade, Antonio Carlos Nascimento, chefe da Divisão de Coleta de Dados da SMTT, órgão que regula os transportes e o trânsito na cidade.
O chefe da divisão estima ainda que somente 500 profissionais estejam cadastrados na SMTT e reconhece que muitos irregulares estão utilizando o uniforme da prefeitura e até mesmo plotando os veículos com as cores padrão para se passarem por legalizados. “Creio que tenha mais de 1000 irregulares, totalizando aí mais de 1.500 mototaxistas em Feira de Santana”, afirmou.
Este e outros temas estão sendo abordados em um seminário para mototaxistas durante toda esta quinta-feira (4), no Centro de Cultura Maestro Miro, localizado no bairro Muchila I. Assuntos ligados a direção defensiva, relações humanas, legislação de trânsito, padronização, questões civis e administrativas, dentre outros assuntos, serão discutidos.
De acordo com Antonio Carlos Nascimento, a importância deste seminário é fazer com que todos os mototaxistas venham a trabalhar de uma forma legal, padronizada, de modo eficiente e com segurança para a população.
Outro ponto importante, segundo o secretário Ebenezer Tuy, é fazer uma reciclagem nestes profissionais, uma vez que o transporte de passageiros requer muita responsabilidade. Tuy informou ainda que a secretaria está intensificando as vistorias a fim de combater o transporte irregular.
Insatisfação
O presidente do sindicato dos mototaxistas no município, Luiz Santana, destacou que a concorrência desleal é o principal motivo de insatisfação da categoria e um dos principais assuntos a ser tratado no seminário. Ele contrariou a informação da secretaria afirmando que não existe por parte do poder público uma fiscalização eficaz contra o aumento do número de clandestinos.
Ele disse que os legalizados têm que concorrer com o transporte ilegal, inclusive disputando vagas em locais movimentados, como ocorre no ponto que fica em frente ao Boulevard Shopping, na Avenida João Durval.
"O que se precisa para combater o clandestino são pessoas sérias. O que a gente percebe é que os fiscais de transporte da secretaria não têm nenhuma responsabilidade. Sou testemunha disso, vejo todos os dias os fiscais fazendo comentários com estes ligeirinhos parecendo até que são legais", declarou.
As informações são do repórter Ed santos do Acorda Cidade.
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