Laiane Cruz
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Médicos e estudantes de medicina de Feira de Santana aderiram nesta quarta-feira (3) à mobilização nacional contra a importação de médicos do exterior e por melhores condições de trabalho para os profissionais da área.
Cerca de 150 pessoas se concentraram em frente ao Hospital Geral Clériston Andrade, de onde partiram com faixas, cartazes e narizes de palhaços em direção às principais ruas e avenidas da cidade, finalizando o percurso em frente à prefeitura.
De acordo com o médico Aderbal Freire Aguiar, delegado do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), o objetivo da manifestação é conscientizar a população de que a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil não é uma boa opção.
"O Brasil, na verdade, não precisa de médicos, o Brasil precisa de estrutura de saúde, de maiores investimentos em hospitais, em material, e não no número de médicos que no Brasil é satisfatório", afirmou Aderbal Aguiar.
Segundo ele, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que haja um médico para cada 1000 habitantes. "Nós temos no Brasil 395 mil médicos em atividade, com uma população de 190 milhões de habitantes, então nós temos mais de um médico para cada mil habitantes", disse o delegado do Cremeb.
Já na opinião do doutor Eduardo Leite há de fato um déficit de médicos no país. No entanto, nenhum profissional deseja trabalhar em condições inadequadas e esta é, segundo ele, a razão principal das manifestações.
Pode vir quando médicos quiserem, desde quando tenham condições de exercer a profissão. Nós temos, de uma certa maneira, um déficit de médicos, mas há um déficit muito maior de condições de trabalho. Então, não é o médico em si que vai resolver o problema da saúde. Faltam enfermeiros, contratados, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas etc e etc", declarou o médico, acrescentando que não há problema em importarem médicos do exterior se estes forem regulamentados.
As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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