Nesta quarta-feira (18), trabalhadores contratados por empresas terceirizadas que prestam serviços à saúde pública, em Feira de Santana, relataram atrasos no pagamento dos salários e temem não receber a segunda parcela do 13º.
A situação tem deixado muitos profissionais preocupados e enfrentando dificuldades para cumprir suas despesas em pleno fim de ano.
No último dia 10, o atendimento ambulatorial na Policlínica do Feira X foi suspenso por falta de pagamento dos médicos.
Uma técnica administrativa, que preferiu não se identificar, revelou ao Acorda Cidade, o drama enfrentado por ela e seus colegas.
“Desde o dia 30 nós recebemos a primeira parcela do décimo, o nosso salário agora de novembro está atrasado, hoje já são 18 e as contas chegando e o pessoal não acreditando. Então, está inviável a gente trabalhar, e não deixamos de trabalhar. Estamos lá todos os dias, cumprindo o horário, mas dependemos também do nosso salário para pagar nossas contas. A gente quer uma solução”, disse.
Segundo a funcionária, os trabalhadores ficam no meio de uma troca de acusações entre a empresa e a Prefeitura de Feira de Santana. “Quando liga, diz que não tem repasse, e quando há o repasse, diz que só repassaram a metade. Então está difícil. E nós, os trabalhadores, é que estamos sofrendo os prejuízos”.
Além disso, há temores de que o cenário do ano anterior se repita e os trabalhadores só recebam o décimo em 2025. “No ano passado passamos pela mesma situação, onde nós não recebemos a segunda parcela do décimo. Recebemos esse ano de 2024 em três parcelas”.
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Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, a funcionária reforçou que muitos trabalhadores até pensam em se manifestar, mas teme por represálias.
“O pessoal fica prometendo fazer alguma manifestação, mas acaba não fazendo. Ficam com medo de retaliações, de perder seu cargo. Já teve colegas meus que perderam o emprego por participar de manifestações”, relatou.
Ainda segundo ela, apesar dos atrasos salariais, o vale-refeição e o vale-transporte foram liberados. “O principal, que é o salário e a parcela do décimo, ainda não foram pagos”, lamentou.
O Acorda Cidade irá solicitar um retorno da empresa responsável pelo pagamento, S3, assim como da Prefeitura Municipal de Feira de Santana.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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