Na manhã desta segunda-feira (16), a UPA Estadual de Feira de Santana promoveu uma ação educativa em alusão ao Dezembro Vermelho, campanha dedicada à conscientização e combate ao HIV/Aids. A iniciativa reuniu colaboradores, gestores e pacientes em atividades que destacaram a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento da doença.
De acordo com o enfermeiro Iranildo Ribeiro, no Brasil cerca de 1 milhão de pessoas convivem com o vírus do HIV, e em Feira de Santana foram registrados 316 novos casos em 2024, aproximadamente 20% a menos que o total do ano anterior. Apesar da redução, ele alerta para a necessidade de intensificar as ações preventivas, especialmente entre jovens de 25 a 39 anos, faixa etária com maior incidência de novos casos. A ação contou com palestras informativas, dinâmicas interativas, distribuição de preservativos e materiais educativos.
Durante as atividades, Iranildo reforçou a importância da profilaxia pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP) como medidas eficazes na prevenção ao HIV. “A PEP, por exemplo, pode ser utilizada até 72 horas após uma situação de exposição, como no rompimento do preservativo, proporcionando mais segurança”, explicou.
Cristina Oliveira, 66 anos, acompanhava um paciente na unidade e avaliou positivamente a iniciativa. “Essas ações são importantes para informar quem não tem conhecimento sobre o assunto. Aprender é sempre bom. Mesmo sendo técnica de enfermagem e já conhecendo o tema, vejo que muitas pessoas ainda têm dúvidas e precisam dessa orientação”, afirmou.
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As atividades também abordaram mitos e verdades sobre o HIV, destacando que, embora não haja cura, é possível ter uma vida saudável com o tratamento correto. Pacientes que utilizam os antirretrovirais de forma adequada podem alcançar a condição de indetectáveis, ou seja, com carga viral tão baixa que não transmitem o vírus.
Segundo a Agência Brasil, o relatório mais recente do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) aponta que quase 25% das pessoas que vivem com HIV no mundo não recebem tratamento adequado, o que resulta em uma morte por minuto devido a causas relacionadas à Aids.
Edivan Celestino, diretor administrativo da UPA, reforçou o compromisso da unidade com a promoção da saúde e a disseminação de informações. “Nosso papel vai além do atendimento de urgência. Precisamos contribuir para a educação em saúde e para a redução de casos de HIV na região”, destacou a direção da unidade.
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