Por volta das 17h, com a dispersão dos manifestantes na altura da delegacia dos Barris, eu e diversos fotógrafos de vários outros veículos começamos a tirar fotos dos estragos causados pelos manifestantes mais radicais.
Chegando na Praça João Mangabeira, uma tropa de policiais militares da Operação Gêmeos, retornava ao Dique do Tororó apreendendo alguns protestantes que aparentavam ser menores de idade.
Foi quando comecei a fotografar a ação. Ao perceberem, três policiais que não portavam suas identificações, me abordaram e o restante da tropa seguiram com os apreendidos. Me identifiquei como profissional de imprensa e eles pediram o meu crachá, que apresentei.
Um dos policiais alegou que uma daquelas fotos poderia demitir um pai de família, me pedindo para apagá-las. Respondi que estava apenas fazendo o meu trabalho e eles me ameaçaram dizendo que eu "iria perder todas as fotos".
Repreendido pelos militares, fui obrigado a apagar na frente deles as imagens que registravam a ação policial – no momento da apreensão dos manifestantes.
Foi quando me pediram para andar para o lado contrário ao da tropa e fizeram comentários do tipo: “Quando precisar de segurança não procure a polícia”, “Essas fotos não vão te levar a lugar nenhum” e “Essas manifestações estão acontecendo por causa de pessoas como você”. As informações são do Correio