Bahia

Operação apreende cerca de 4 mil sapatos vendidos sem autorização em Salvador

A empresária apresentou notas fiscais emitidas pela Henrich e Cia Ltda., empresa terceirizada que fabrica os calçados vendidos pela marca, sediada na cidade de Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul. As notas serão periciadas.

Acorda Cidade

Quatro mil pares de calçados femininos das marcas Arezzo e Schutz, que eram comercializados sem a autorização do detentor das marcas – a empresa Arezzo e Co -, nas lojas Salvador Calçados (Baixa do Sapateiros e Comércio), Baixa do Sapateiro Conceito (Baixa do Sapateiros), e Shopping dos Calçados (São Caetano), foram apreendidos na manhã desta quinta-feira (13), durante operação da Delegacia de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (DREOF) e Procon-Ba.
 
Segundo o delegado Oscar Vieira Neto, titular da DREOF, a operação foi deflagrada depois que um representante da Arezzo e Co. procurou a unidade especializada para denunciar a fraude. Os calçados traziam adesivos de marcas diversas, para esconder a origem ilícita, e possivelmente estavam sendo desviados dos depósitos da empresa. 
 
Nas quatro lojas visitadas, onde os calçados eram vendidos por valores entre R$80 e R$130. A proprietária, Francisca do Carmo, foi conduzida à DREOF para prestar esclarecimento.    
                                                                           
“Francisca poderá ser indiciada por receptação, violação de direito autoral e crime contra a relação de consumo, consistente na omissão de informação acerca das características e origem dos produtos”, afirmou o titular da DREOF. A pena para estes crimes varia de três meses a um ano.
 
A empresária apresentou notas fiscais emitidas pela Henrich e Cia Ltda., empresa terceirizada que fabrica os calçados vendidos pela marca, sediada na cidade de Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul. As notas serão periciadas.
 
Um representante da Henrich e Cia Ltda. deverá ser interrogado através de carta precatória. “Mesmo comprovando-se que as notas fiscais são autênticas ainda se trata de uma transação ilícita, pois viola direitos autorais”, explicou Oscar Neto, lembrando que o comprador de produtos provenientes de crimes também pratica uma ilicitude.
 
Consumidor
 
O delegado Oscar Neto apurou que a empresa Regueira Comércio Ltda. é a única franqueada e autorizada para comercialização de produtos das marcas Arezzo e Schutz, que são ostentadas legitimamente nas lojas autorizadas.  “Consumidores procuraram as lojas autorizadas para efetuarem trocas, porém os produtos não estão cobertos pela garantia, o que gerou transtornos”, salientou.
   
Segundo o superintendente do Procon-Ba,  órgão da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Ricardo Maurício Freire Soares, a prática fere o artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor, que estabelece que a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, sobre suas características e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
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