Saúde

Deputado diz que vai denunciar sala vermelha do HGCA ao Ministério Público Federal

Questionado sobre por que não procurou o Ministério Público Estadual (MPE), Colbert disse que em Feira de Santana não tem promotor do júri estadual e por isso acionou o MPF.

Laiane Cruz

Atualizado às 16h 37min

O diretor do Sindicato dos Enfermeiros, Edklércio Mendonça, afirmou ao Acorda Cidade na última sexta-feira (7) que na sala vermelha do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) há uma média de 100 óbitos por mês, devido à falta de estrutura do local.
 
Segundo ele, nesta sala são feitos atendimentos de urgência para pessoas com risco de morte, quando a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) já não possui mais vagas. “No mês de janeiro foram 90 óbitos, em fevereiro, 96, e 100 no mês de março, somente nesta sala, de acordo com relatórios emitidos pelos coordenadores do setor e já identificados pela diretoria do Hospital”, afirmou Edklércio Mendonça.
 
Por conta disso, o deputado federal Colbert Martins declarou em entrevista ao Acorda Cidade que vai solicitar ao Ministério Público Federal (MPF) uma visita ao Hospital Clériston Andrade para averiguar o alto índice de mortes na unidade.
 
Colbert afirmou ainda que em um só dia 22 pessoas morreram na sala vermelha e que lá existe apenas uma tomada para quatro aparelhos. “O que tem no Clériston Andrade é muita falta de competência gerencial, e como a direção é política, a responsabilidade é política, e não apenas técnica”, disparou.

 


 
 
Questionado sobre por que não procurou o Ministério Público Estadual (MPE), Colbert disse que em Feira de Santana não tem promotor do júri estadual e por isso acionou o MPF.
 
De acordo com o assessor geral do HGCA, Francisco Queiroz, a capacidade total da sala vermelha é de 10 leitos podendo chegar a 25 em alguns dias, e que existe uma diferença entre as pessoas que já chegam praticamente mortas e as que morrem no hospital. 
"Nem todos os óbitos que acontecem imediato na sala vermelha, é de responsabilidade da sala vermelha, porque as policlínicas de Feira de Santana, os hospitais de 126 cidades têm seus pacientes, esses pacientes a medida que agravam, são encaminhados para a sala vermelha, e o transporte de um paciente como Doutor Colbert sabe é algo muito crítico, nesse trânsito e dentro de 24h acontecem vários óbitos", justificou Queiroz.

Quanto ao número de tomadas para cada leito da unidade, o assessor informou que o hospital sofre com um problema de estrutura elétrica, uma vez que o Clériston já alcançou 30 anos desde a sua fundação, mas que vem passando por diversas reformas, inclusive com a implantação de 10 novas tomadas para cada leito, esta semana.

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