Adolescente acusado de matar colega é apresentado à Polícia

O advogado do adolescente disse que ele alega legítima defesa e não lembra detalhes do crime.

O adolescente de iniciais S. N. J. de 16 anos, acusado de assassinar o garoto F.S.S.F. 13 anos, a golpes de faca, foi apresentado à Polícia na manhã desta quarta-feira (24). Acompanhado por dois advogados, ele prestou depoimento ao delegado Mateus Souza, da 1ª Delegacia.

Foto: Aldo Matos

O crime poderá continuar sendo investigado pela unidade policial ou pela Delegacia para o Adolescente Infrator, cuja titular é a delegada Dorean Soares. Em ambos os casos, deverá ser  indicado o internamento do menor na Comunidade Socioeducativa Melo Matos.

De acordo com Péricles Novais, o adolescente alegou legítima defesa e contou que a iniciativa de ir até sua casa foi da vítima. "Eles tinham um ressentimento, por causa de uma dívida, tanto que não ficavam no colégio nos mesmos horários", afirmou o advogado. O encontro seria para fazerem as pazes. "Ele contou que a vítima foi ao banheiro e retornou com uma faca, por isso se defendeu", disse o advogado, frisando que os dois eram amigos e negando que o acusado seja usuário de drogas.

Ainda segundo o advogado, S.N.J. estava embriagado e não se recorda de detalhes do crime, mas garante que não houve planejamento para o bárbaro crime, que ocorreu na manhã do dia 19 passado, quando desferiu aproximadamente 10 golpes de faca contra o colega. O corpo foi encontado por volta das 11h30 e acredita-se que tenha sido arrastado do quintal da casa para a sala, pois havia muitas manchas de sangue nas paredes. 

O pai do garoto assassinado, Gilberto Costa, que presenciou a apresentação do adolescente, que esteve  acompanhado dos advogados Péricles Novaes Filho e Antônio Augusto Graça Leal, disse à reportagem do Acorda Cidade que o crime teve requintes de crueldade, inclusive os dentes da vítima foram arrancados com alicate, o que leva a crer que ele não agiu sozinho.

"Eu acredito na justiça divina e na lei", afirmou Gilberto. Segundo ele, há testemunhas de que a mãe do acusado teria tentado jogar o corpo da vítima em um terreno baldio.

Madalena de Jesus com informações do repórter Aldo Matos.

                        Foto: Aldo Matos
 Os dois advogados do adolescente, Péricles Novaes Filho e Antônio Augusto Graça Leal.

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