Com mais de 10 anos de dedicação ao jiu-jítsu, Marcos Borges, conhecido como Marcão, 54 anos, se destaca pela disciplina e paixão pelo esporte. Ele é faixa preta e atualmente campeão europeu na categoria faixa roxa, Master 4 e campeão europeu na faixa azul. O atleta e professor coleciona títulos como campeonato mundial e sul-americano. Recentemente, brilhou mais uma vez ao conquistar o título sul-americano em São Paulo.
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Ao Acorda Cidade, o atleta contou um pouco de sua trajetória, inspirações e desafios que moldaram sua jornada. Nascido na cidade de Milagres, ele veio para Feira de Santana ainda criança, com cerca de três anos. Aqui ele constituiu família, formou carreira e se apaixonou pelo jiu-jítsu.
“Quando chegamos a Feira, morávamos na Rua Senador Quintino, ali próximo à João Durval, foi a nossa primeira residência. Depois migramos para a Travessa Hidrolândia, no bairro Tomba, onde resido até hoje. Construí uma casa em frente à casa da minha mãe e hoje cuido da nossa rainha, que esse também era um sonho da nossa vida”, afirmou.
Marcos Borges lembra que sempre se considerou uma pessoa competitiva, desde a época da escola, e ele acredita que esse gosto pela competição despertou a paixão pelo jiu-jítsu, que teve como inspiração os filhos.
“Após levar meus filhos para a academia para treinar, terminei me encantando com a arte e vi que, apesar da idade, dava para participar de competições. Então foi amor à primeira vista. Minha primeira inspiração foi minha filha, Gabriele. Ela é faixa marrom de jiu-jítsu, e quando eu a coloquei para treinar com meu filho Marcos Yuri, percebi que o esporte era algo que a movia. Então sempre a levava para algumas competições em Salvador, em outras cidades do interior da Bahia e aquela paixão dela por competir, o talento, os resultados me fizeram ficar fascinado por esse esporte”, lembrou.
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Antes de ser atleta de jiu-jítsu, Marcão já era amante do esporte e já havia praticado boxe por mais de 20 anos. Ele é oficial da Polícia Militar da reserva, com mais de 33 anos trabalhados. Ao Acorda Cidade, ele disse que sempre praticou esporte e destaca as semelhanças entre a profissão na PM e a de atleta.
“São profissões honrosas, que requerem muita dedicação, muito empenho, muita concentração, muito equilíbrio mental, muita capacitação física, para que a gente execute de uma melhor forma, e que por onde quer que a gente passe, a gente represente bem a instituição ou o esporte. Hoje sou muito feliz e sou grato a Deus, por ter convivido esses 33 anos e oito meses, ativo dentro da Polícia Militar, ter encerrado a carreira como tenente, e hoje, na faixa preta, realizando mais esse sonho, de alcançar o nível máximo de graduação no jiu-jítsu. São duas coisas que me deixam muito feliz, porque eu vejo o quanto minha mãe, com 79 anos, se orgulha com cada conquista, e nada melhor que um filho poder estar trazendo alegria e orgulho para sua mãe”, disse o atleta ao Acorda Cidade.
Após ser campeão em todas as faixas, Marcão fala sobre suas expectativas para o futuro. Ele destaca que chegar ao topo e se manter nesse lugar é muito difícil, então sua meta é continuar treinando, e dentro da faixa preta alcançar novos títulos.
“Todas as conquistas significam para mim um legado e uma mensagem de esperança para as pessoas que imaginam que já é tarde para começar algo na vida. Eu comecei na faixa branca com 44 anos de idade, hoje com 54 anos, sou o segundo atleta mais premiado da Bahia. Sem olhar para a idade cronológica, acreditei que poderia chegar mais longe, e estamos aí com todos esses títulos. Então esse legado, essa mensagem de motivação que a gente deixa, não só no jiu-jítsu, seja na área que você tiver um sonho, aquilo que você desejar, nunca ache que seja tarde, a solução é dar o primeiro passo e começar acreditando em você”.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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