No último domingo, 17 de novembro, a jornalista e radialista Emanuele Pilger, natural de Santo Antônio de Jesus e moradora de Feira de Santana, encerrou sua trajetória no reality show “O Craque da Voz” , exibido no Esporte Espetacular da Rede Globo. Comandado por Galvão Bueno e Karine Alves, o programa é uma celebração e uma descoberta às grandes vozes da narração esportiva, e Manu destacou-se não apenas por sua habilidade técnica, mas por sua representatividade como mulher nordestina na competição.
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Manu foi uma das 10 selecionadas em um processo que contou com milhares de inscritos de todo o Brasil. Mesmo com a eliminação, ela celebrou sua participação e os aprendizados adquiridos, destacando a relevância de sua presença em um espaço historicamente dominado por homens.
“A seleção foi pra narradores amadores, eles buscavam vozes bonitas. Ter sido selecionada como uma mulher que representou Feira de Santana, me deixou muito emocionada, principalmente pelo retorno que eu fui recebendo nas redes sociais das pessoas, das mulheres principalmente, se sentindo representadas pela minha presença ali. São oito episódios e vai sair um por semana, e chegou a minha vez de sair. Mas eu saí feliz, realizada, em ter sido escolhida por Galvão, em ter vivenciado esse momento importante na minha carreira após 24 anos. O jogo envolve várias coisas que você não pode controlar, é uma prova que você não conhece, as regras você conhece na hora, junta o calor da emoção, a expectativa, aquelas pessoas ali te acompanhando, além dos jurados”, elencou.
Após 24 anos de atuação em rádios na Bahia, Manu refletiu sobre a importância de ter sido escolhida para o reality.
“Já passei pelas três principais redes de rádio da Bahia, inclusive pela Sociedade, pela Rádio Princesa, instituições que eu tenho o maior carinho. Ter esse reconhecimento de ser selecionada entre os 10, foram milhares de inscritos de todo o Brasil, isso pra mim também é um presente, é um prêmio e já me faz vitoriosa. Foram milhares de inscritos, e ter esse reconhecimento foi um presente. Saí do programa muito maior do que entrei”, afirmou a jornalista.
Desafios do reality e o poder da representatividade
Manu passou por diversas etapas até ficar entre os finalistas, incluindo a narração de jogos, sob avaliação rigorosa da direção e do próprio Galvão Bueno.
“Quando você olha o vídeo de Galvão me eliminando, das considerações que ele faz a mim, justamente porque ele conheceu o meu trabalho, ele conheceu o que eu faço, é por isso que eu fui pra lá, ele sabe que eu sou muito boa no que eu faço, isso pra mim também já é um presente. Uma seleção que durou cinco meses, onde eu precisei passar por várias etapas, inclusive narrar jogos pra que houvesse uma aprovação da direção e do próprio Galvão Bueno”, pontuou.
No programa, a jornalista vivenciou o formato intenso e dinâmico do reality, com provas que proporcionam leitura rápida e narração em curto tempo.
“Reality é isso, são etapas, são processos que não dependem só de você, juntam uma série de fatores, junta a emoção, junta a ansiedade de você estar ali, junta o suspense em torno da prova. O formato do programa, como o programa vai acontecer, como serão as provas, você só conhece lá. Então você tem três minutos pra ler uma prova e um minuto pra narrar. É um jogo, o tempo curto, é um tempo de televisão”, disse.
Além do desafio técnico, a radialista destacou ao Acorda Cidade o impacto de sua participação para outras mulheres.
“Eu recebi muitas mensagens de mulheres que moram em outros países se sentindo acolhidas pela presença de uma mulher baiana trançada ali na TV Globo. Os aprendizados que ficam de ter vivenciado esse momento especial na minha carreira profissional, em ter conhecido o Galvão Bueno pessoalmente, que é uma referência na locução esportiva do Brasil, é uma referência inclusive pra nós mulheres, porque a inserção da voz feminina narrando futebol é algo relativamente novo. A primeira mulher a narrar um jogo no Brasil foi na década de 70, a Zuleide Ranieri, de lá pra cá houve um espaço, depois veio a Luciana Mariano, depois veio a Renata Silveira, e é um espaço que nós ainda iremos conquistar”, ressaltou.
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