Os casos de dengue tiveram um crescimento alarmante neste ano de 2024 em Feira de Santana, se comparado com o ano de 2023. De acordo com a enfermeira referência em arboviroses Sandréa Costa, até o momento, são 4.493 casos a mais. No ano passado foram 3.060 casos e esse ano 7.640 casos confirmados. Vale ressaltar que desde outubro deste ano está sendo observada uma redução (leia mais aqui).
De acordo com a enfermeira, alguns fatores podem ser apontados para explicar esse aumento, entre eles, as mudanças climáticas. “Essa elevação de casos ocorreu em todo o Brasil. Alguns estudiosos citam as mudanças climáticas. A gente vê um período de chuva e sol durante o ano todo e é o que o mosquito precisa para eclodir seus ovos”, afirmou.
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Outro fator que prejudicou o trabalho de combate à dengue na cidade, ainda segundo Sandréa Costa, foi a falta do veneno que é colocado nos carros do fumacê. Esse veneno é liberado pelo governo do estado.
“Teve essa falta que a população cobrou, mas o trabalho dos agentes de endemias continuou arduamente porque vivemos uma epidemia. Os agentes continuam visitando as casas, colocam o larvicida e têm também as bombas costais”, disse.
De acordo com a enfermeira, em Feira de Santana, os focos de dengue estão principalmente dentro das residências, comércios e calhas das casas. Ela afirmou ao Acorda Cidade que, apesar da grande alta nos casos confirmados em 2024, no momento, os números estão em baixa, mas ressalta que os cuidados devem prevalecer.
“A gente viu que os números de março a outubro estão diminuindo. Estamos quase saindo da epidemia, porém os cuidados precisam ser redobrados nesse período, por conta da chuva e do sol”.
A enfermeira Sandréa destaca que somente em 2024 foram oito óbitos confirmados por dengue em Feira de Santana. Esse número representa o perigo da doença e a importância de todos manterem os cuidados.
“O mosquito é um ser que quer perpetuar sua espécie. Se foi tirada a água parada limpa, ele foi procurar se manifestar onde ele achou. Então, água limpa ou água suja, eles estão se multiplicando. Água parada não pode ter em lugar nenhum”.
Também pensando nos cuidados com a dengue, a enfermeira destaca que as equipes de saúde estão sendo treinadas, inclusive médicos, já que muitos não estão preparados para orientar a população sobre como tratar a dengue corretamente.
“Estamos fazendo esses treinamentos com as equipes e queremos conscientizar a população de que se tiver qualquer sintoma compatível com a dengue, que procure um posto de saúde e não fique em casa para que não agrave e chegue numa dengue grave, que leva ao óbito”, destacou a enfermeira ao Acorda Cidade.
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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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