Saúde

Hospital da Mulher está com 120% da sua capacidade lotada

A informação é da diretora-presidente da Fundação, Gilberte Lucas, ao enfatizar que por questões éticas e técnicas, torna-se inviável para a unidade de saúde continuar prestando o atendimento

Laiane Cruz

Algumas mulheres gestantes aguardavam na manhã desta sexta-feira (24) na recepção do Hospital da Mulher o momento em que finalmente dariam à luz. Entretanto, assim como em outras situações, elas foram informadas de que não havia vagas na instituição.
 
A gestante Fabiana, de 28 anos, em trabalho de parto, se dirigiu ao hospital ontem, às 22h, juntamente com a cunhada Jéssica Xavier, que informou que até a manhã de hoje a paciente ainda não havia dado à luz. " passou de 40 semanas, é parto cesárea e ela não tem dilatação nenhuma. Mas eles dizem que não tem vaga", informou Jéssica.
 
Outra paciente, Jacicleia Gomes dos Santos, de 27 anos, moradora do bairro George Américo, chegou ao hospital, às 23h, do dia anterior. Ela sentia muitas dores, perdeu líquido e teve sangramento.
 
"Depois que ela tinha sangrado bastante que resolveram botar ela, parindo em cima da maca. Agora to esperando o resultado", afirmou a mãe da paciente, Dalvina Azevedo Gomes.
 
Foto Ed Santos/ Acorda Cidade
 
De acordo com a diretora da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilberte Lucas, a capacidade do Hospital da Mulher ultrapassou o seu nível máximo, com 120%,  isto por que outras unidades de saúde do município não estão prestando atendimento à população.
 
Outro fator que contribui para a superlotação é o fato de o Hospital da Mulher ser responsável pelo atendimento de mais 28 municípios da região.  Por conta disso, segundo Gilberte, as ambulâncias não param de chegar.
 
Além da falta de vagas, falta também material cirúrgico na instituição, conforme informou ao Acorda Cidade a ouvinte Lúcia Torres, na manhã de ontem (23).  Segundo ela, a filha necessita realizar uma cirurgia para retirar um cisto na mama, e por isso se dirigiu por cinco vezes ao local.
 
Entretanto, foi informada às 18h de ontem que não poderia passar pela cirurgia, uma vez que estavam marcados sete procedimentos para o dia, porém no primeiro o bisturi quebrou e não havia outro para substituir. Gilberte Lucas alegou, contudo, que não faltam médicos na instituição e nem material para atendimento.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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