Moradores do bairro Parque Lagoa Subaé, em Feira de Santana, estão insatisfeitos com a atuação dos poderes municipal e estadual na região. A a falta de insumos básicos no posto de saúde e sensação de insegurança estão entre as principais reclamações.
O morador Robson Binho reclama dos assaltos no bairro. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele afirmou que considera ineficiente a ação de realizar blitz policiais somente no centro da cidade.
“Não tem policiamento no bairro. Passa viatura aqui de vez em quando. Mães e pais de família não podem trabalhar. A gente sai de casa sem carteira no bolso, só com a chave da casa e um telefone que praticamente nem pode usar. Ninguém pode passar às 6h da manhã, 14h da tarde e 18h da noite que os caras estão agindo”, disse Binho.
Iago Santana dos Santos, morador do Parque Lagoa Subaé há cerca de 15 anos, convive com o receio de ser assaltado a qualquer momento. Ele também chamou atenção para a falta de assistência na área da saúde.
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“Nosso bairro está abandonado. O posto médico não tem gases, medicamentos e outros materiais. Muitas vezes, a gente vem procurar um medicamento e não tem. Procura fazer um curativo, não tem. Falta muita coisa no nosso bairro. Nosso bairro está esquecido. Está muito complicado”, afirmou Iago.
Joselito Santana Couto, que mora no bairro há cerca de 30 anos, afirmou que considera o local um ótimo lugar para viver, mas que o descaso do poder público faz com que ele se sinta abandonado.
“Esse posto abre às 7h30 só por abrir mesmo. Porque não tem nada e falta tudo. Há muitos anos falta médico neste posto. A gente, com a cara e a coragem, tem que sair daqui para ir ao bairro Conceição ou ao centro para conseguir remédio. Aqui não tem”, disse Joselito.
Ele reforçou que se sente inseguro e deseja a presença policial de forma mais efetiva. Joselito acredita que a ausência de rondas da Polícia Militar favorece o aumento das ações criminosas.
“Aqui não se vê uma viatura. Não tem proteção nenhuma. Às 21h, temos que entrar para nossas casas, porque o negócio fica perigoso aqui na lagoa. Se ficarmos na porta de casa, perdemos tudo”, afirmou Joselito.
A moradora Francisca Teodoro Neto procurou a reportagem do Acorda Cidade para falar sobre a sensação de insegurança. Ela afirmou que “é assalto por cima de assalto. A gente não pode mais ter nem uma bicicleta”. Em relação ao posto de saúde, Francisca reclamou do atendimento.
“Meu marido esta semana quase morreu. Eu trouxe ele para ser medicado no posto. Ele estava com a pressão 18/16, e a médica disse que era para ele ir para casa, tomar um banho e dormir. Estou muito revoltada, porque a gente é morador. Queremos mais segurança. O posto está cheio de mato. Não tem água”, desabafou a moradora.
Mário do Som, um dos representantes do bairro há cerca de 20 anos, contou que pretende, a partir de janeiro, levar as reclamações dos moradores ao novo prefeito de Feira de Santana. Ele detalhou algumas das demandas.
“Há anos que falta um bebedouro para atender a comunidade, tampa do vaso sanitário e precisamos de câmeras de segurança no posto, porque aqui não tem segurança. Ontem, duas motos foram roubadas aqui. Ônibus final de semana não tem, e feriado também não roda. A comunidade sofre. O piso é uma tragédia, uma buraqueira terrível”, finalizou Mário.
O Major Jorge Freitas, comandante da 65ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) informou ao Acorda Cidade que o patrulhamento no Parque Lagoa Subaé é realizado diariamente, não apenas pelas guarnições da 65ª CIPM, mas também pelas outras unidades especializadas que atuam no município.
“Diversos criminosos já foram presos em operações da Polícia Militar nessa área. Inclusive, uma das maiores apreensões de drogas em Feira de Santana em 2024 foi realizada pelo PETO da nossa unidade, que desmantelou um laboratório de refino de cocaína, prendeu dois suspeitos e apreendeu mais de 40 quilos da droga”, recordou.
O major também destacou que a violência e a criminalidade não são exclusivas de bairros de Feira de Santana, mas refletem uma realidade presente em diversas regiões do país. “Há um grande desajuste social e uma vulnerabilidade crescente, especialmente entre os jovens, que entram cada vez mais cedo no mundo do crime”, afirmou. Ele também destacou a situação alarmante em que adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, estão cada vez mais envolvidos em roubos e homicídios, além de se tornarem vítimas dessa mesma violência.
Apesar desse contexto, o major garantiu que o Parque Lagoa Subaé não está entre os bairros com os maiores índices de homicídios em Feira de Santana. “Posso assegurar à comunidade que esse bairro não figura entre os principais locais de criminalidade da cidade”, declarou.
O Major Freitas ressaltou em entrevista ao Acorda Cidade, que a Polícia Militar está atenta às necessidades da população e enfatizou a importância da colaboração dos moradores. “Pedimos que os moradores utilizem o Disque Denúncia (181) para repassar informações, que serão fundamentais para gerar ações policiais positivas no bairro”, orientou. Ele concluiu afirmando que o patrulhamento será intensificado na região, buscando responder aos anseios da comunidade por maior segurança.
O que diz a Polícia militar?
O Major Jorge Freitas, comandante da 65ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) informou ao Acorda Cidade que o patrulhamento no Parque Lagoa Subaé é realizado diariamente, não apenas pelas guarnições da 65ª CIPM, mas também pelas outras unidades especializadas que atuam no município.
“Diversos criminosos já foram presos em operações da Polícia Militar nessa área. Inclusive, uma das maiores apreensões de drogas em Feira de Santana em 2024 foi realizada pelo PETO da nossa unidade, que desmantelou um laboratório de refino de cocaína, prendeu dois suspeitos e apreendeu mais de 40 quilos da droga”, recordou.
O major também destacou que a violência e a criminalidade não são exclusivas de bairros de Feira de Santana, mas refletem uma realidade presente em diversas regiões do país. “Há um grande desajuste social e uma vulnerabilidade crescente, especialmente entre os jovens, que entram cada vez mais cedo no mundo do crime”, afirmou. Ele também destacou a situação alarmante em que adolescentes, com idades entre 13 e 17 anos, estão cada vez mais envolvidos em roubos e homicídios, além de se tornarem vítimas dessa mesma violência.
Apesar desse contexto, o major garantiu que o Parque Lagoa Subaé não está entre os bairros com os maiores índices de homicídios em Feira de Santana. “Posso assegurar à comunidade que esse bairro não figura entre os principais locais de criminalidade da cidade”, declarou.
O Major Freitas ressaltou em entrevista ao Acorda Cidade, que a Polícia Militar está atenta às necessidades da população e enfatizou a importância da colaboração dos moradores. “Pedimos que os moradores utilizem o Disque Denúncia (181) para repassar informações, que serão fundamentais para gerar ações policiais positivas no bairro”, orientou. Ele concluiu afirmando que o patrulhamento será intensificado na região, buscando responder aos anseios da comunidade por maior segurança.
O Acorda Cidade também procurou a prefeitura e aguarda retorno sobre as reclamações feitas pelos moradores.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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