Celebrar a arte da palavra com impacto social, valorização da cultura local e formação intelectual é a vocação da Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica, que encerrou a sua 12ª edição no domingo (20) comemorando recorde de circulação de mais de 100 mil pessoas nos quatro dias de evento e ocupação de 100% dos leitos em Cachoeira e região. Uma programação diversificada valorizou a literatura nacional, a música, o artesanato e a gastronomia local nos espaços Tenda Paraguaçu, Geração Flica, Fliquinha, Casa do Governo, Casa do Patrimônio, Palco Raízes e Ritmos.
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Mais do que uma festa literária que se consolida como uma das mais importantes do país, a Flica, nascida como fruto da potência cultural do Recôncavo Baiano, se firma mais uma vez como um ponto central de formação e expansão da visão de mundo de todos que ali passam e têm a oportunidade de escutar autores e personalidades do Brasil e de fora do país refletindo sobre literatura, processo criativo, poesia e o poder da transformação pela palavra.
Merece destaque a participação de estudantes da rede pública de ensino da Bahia, que formam um dos públicos mais importantes da festa literária, chegando em ônibus com seus mestres de diversas cidades do Recôncavo. “É uma vivência incrível, sobretudo para os estudantes do interior que não têm oportunidade de vivenciar eventos dessa dimensão, e aqui podem chegar perto de um escritor que está lançando seu livro, ouvir ele falar, é fantástico para eles”, comentou a professora de Linguagens e escritora Ana Patrícia Giffoni, do Colégio Estadual João Cardoso dos Santos, em Valença.
Literatura que renova sonhos – Com o tema “O Mundo da Literatura em Festa”, a Flica convidou Cachoeira a respirar cultura e arte garantidas pela programação pensada por um time de peso de curadores, formado por Calila das Mercês, Emília Nuñez, André Felipe Oliveira (Deko Lipe) e Linnoy Nonato. Tudo isso sob a batuta de Vanessa Dantas, coordenadora geral da Flica e CEO da Fundação Hansen Bahia.
Para a curadora da Tenda Paraguaçu, Calila das Mercês, já é o momento de pensar a Flica 2025. “É o momento de a gente celebrar todos esses dias de festa e deixar aqui nosso compromisso de continuar fazendo esse movimento de celebração da literatura na cidade de Cachoeira. Diria que essa festa literária nos ajuda a pensar nos nossos sonhos, no nosso futuro e nos ajuda também a celebrar, a nos abraçar e nos vermos a partir do olhar do outro. Vamos celebrar a Flica e fazer isso acontecer sempre”.
Quem esteve em Cachoeira foi brindado com mesas literárias com discussões profundas e calorosas, como a dos humoristas baianos João Pimenta e Matheus Buente, com o bate-papo descontraído com a escritora, jornalista e atriz Thalita Rebouças; ouviu a poetisa Elisa Lucinda; as declarações potentes da atriz e artista visual trans Liniker, assim como o escritor angolano Kalaf Epalanga, dentre tantos outros nomes que tornaram essa edição ainda maior, como Zezé Mota, Itamar Vieira Jr., Mari Bigio, Renato Moricone, Ricardo Ishmael, Mabel Velloso, Ebomi Cici de Oxalá, Raphael Montes, Stefano Volp, Adelaida Fernandes, Jefferson Tenório, entre muitos outros.
De acordo com Vanessa Dantas, a Flica 2024 aqueceu o comércio local, gerando mais de mil empregos diretos e indiretos. A coordenadora-geral atribuiu o sucesso ao apoio dos últimos três governadores, destacando que foram mais de 10 secretarias envolvidas na realização da festa literária. “Queremos agradecer a todos os parceiros e empresas contratadas que prestaram serviços de excelência para que, como sempre, os autores pudessem estar aqui reunindo todo esse público, ampliando horizontes e plantando esperança, por isso meus parabéns para a curadoria da Flica e para essa cidade. Fico muito feliz, numa verdadeira vibração e energia”.
A 12ª Flica teve realização assinada pela Fundação Hansen Bahia (FHB), em parceria com a Prefeitura de Cachoeira, LDM (livraria oficial do evento), CNA NET (internet oficial do evento), UFRB (Cahl– Centro de Artes, Humanidades e Letras) e contou com o apoio da Bracell, Acelen, Bahiagás, Governo do Estado da Bahia, através da Bahia Literária, ação da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura e da Secretaria de Educação, Caixa e Governo.
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