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Os tablets serão inúteis daqui a cinco anos. A afirmação foi feita pelo CEO da BlackBerry, Thorsten, em uma conferência em Los Angeles, promovida pelo Milken Institute, e põe fim à expectativa de que a empresa lance uma nova versão do Playbook, tablet da BlackBerry.
O PlayBook, que nunca foi um sucesso de vendas, foi severamente criticado na época de seu lançamento por não vir com serviço de e-mail integrado. Em 2012, um ano após a estreia, a empresa amargou um prejuízo de 485 milhões de dólares pelo péssimo desempenho nas prateleiras, tendo sido obrigada a reduzir o preço pela metade.
“Talvez exista (um aparelho) com tela grande para a área de trabalho, mas não um tablet tal como ele é. Os tablets em si não são um bom modelo de negócio”, afirmou o executivo na conferência.
A companhia tem certa tradição em fazer previsões catastróficas sobre tecnologias dos concorrentes. Vale lembrar que, em 2007, a ainda chamada RIM criticou o teclado touchscreen do iPhone, que acabava de ser lançado, dizendo que a funcionalidade não duraria muito tempo.
O CEO à época, Mike Lazaridis, disse que o recurso tinha “sérias limitações quando se trata de digitação fácil”, completando que não havia ficado muito impressionado com o aparelho da Apple e que ele não seria uma ameaça ao sucesso do BlackBerry, líder no mercado de smartphones até então.
Contudo, o que se viu nos anos seguintes foi justamente o contrário: enquanto a empresa de Cupertino lidera a venda de celulares ao lado da Samsung, com 17% e 33% do mercado, respectivamente, a participação da BlackBerry caiu para apenas 3,2% no último trimestre, mesmo com o lançamento do sistema operacional BlackBerry 10. As informações são do TechTudo.