Laiane Cruz
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Os funcionários do Banco do Brasil, em Feira de Santana, aderiram nesta terça-feira (30) à paralisação nacional de 24 horas em protesto contra o novo plano de carreira adotado pela instituição. Somente estão disponíveis as operações e serviços bancários nos caixas eletrônicos e pela internet. Também os correspondentes bancários funcionarão normalmente nesta terça.
Outro motivo de reivindicação, de acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, Edmilson Cerqueira, é o mal atendimento que o Banco do Brasil vem prestando aos clientes da instituição, devido à falta de funcionários que atendam à demanda.
Segundo ele, é comum ver filas enormes na entrada principal da instituição, bem como nas mesas de atendimento e caixas para pagamentos.
“O banco não diminui suas taxas, suas tarifas, seus juros. Pelo contrário, foram 14 bilhões de lucro no ano passado. Devido a esse desrespeito, essa falta de negociação, os bancários resolveram paralisar as atividades no país todo, até que o banco sente para discutir”, afirmou Edmilson Cerqueira.
O diretor informou ainda que as atividades devem retornar na quinta-feira (2), em seu horário normal, caso as reivindicações sejam aceitas. Se não, a paralisação pode se prolongar por tempo indeterminado.
Insatisfação
De acordo com Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), filiada à Central Única do Trabalho (CUT), as principais reclamações dizem respeito à redução de adicionais para os cargos de função gratificada de seis horas e do adicional de função de confiança para os comissionados que trabalham oito horas.
Ainda segundo a entidade, o VR- Valor de Referência, que era considerado o piso salarial para cada cargo, foi transformado em teto. Dessa forma, adicionais de mérito e outras verbas não poderão ser incorporados ao salário dos trabalhadores comissionados porque o VR ultrapassaria o valor correspondente ao cargo.
De acordo com o Banco do Brasil, foi dada a opção para que os funcionários permanecessem nas funções de confiança ou optassem pela jornada de seis horas. A instituição cita ainda pesquisas internas que mostrariam que a maioria dos trabalhadores está satisfeita com o novo plano.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade e da Agência Brasil.
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