O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, criticou na segunda-feira (14) o serviço de regulação, que é feito através da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Segundo o gestor municipal, mais de 50 pessoas até ontem, aguardavam regulação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas do município.
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Ainda de acordo com o prefeito, mais de 260 pessoas já morreram somente neste ano de 2024, enquanto aguardavam pela regulação.
A Sesab emitiu nesta terça-feira (15), uma nota de esclarecimento, após a crítica feita pelo prefeito. De acordo com o órgão, a gestão municipal tem negligenciado com as responsabilidades, o que sobrecarrega as atribuições do governo do estado.
Ainda segundo a Sesab, Feira de Santana recebe mais de R$ 115 milhões por ano do Ministério da Saúde para ações de média e alta complexidade. Veja a nota na íntegra.
É inaceitável que o atual prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, tente atribuir somente ao Governo do Estado responsabilidades que cabem também à Prefeitura de Feira de Santana. A atual gestão do município tem negligenciado suas responsabilidades, sobrecarregando o Governo do Estado, que tem assumido o atendimento da maior parte dos pacientes da cidade.
Feira de Santana recebe mais de R$ 115 milhões por ano do Ministério da Saúde para ações de média e alta complexidade, mas o município não tem sequer um hospital municipal. A única estrutura disponível, uma maternidade construída há mais de 30 anos, é incapaz de atender à crescente demanda. Quando os casos são graves, eles são direcionados para unidades estaduais, como o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) ou a UPA estadual.
Se destaca também a dependência excessiva do município em relação aos serviços estaduais: 100% dos pacientes que necessitam de internação hospitalar de alta complexidade são atendidos pelo Governo do Estado, sendo mais de 73% dos pacientes de Feira de Santana acolhidos em unidades estaduais ou hospitais contratados pelo Estado no próprio município.
Outro ponto preocupante é o número elevado de pacientes regulados pelo Governo do Estado provenientes de unidades municipais, sendo que a maioria apresenta problemas simples que poderiam ser resolvidos na atenção básica, mas acabam se agravando.
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