Duas lojas, uma de embalagem e outra do ramo de alimentos, localizadas na Rua Manuel Mathias, próximas do Centro de Abastecimento de Feira de Santana, ficaram destruídas após um incêndio de grandes proporções consumir toda a área interna dos imóveis.
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De acordo com os populares, o incêndio teve início por volta de 9h30 desta sexta-feira (11) e o Corpo de Bombeiros foi acionado em seguida.
O prédio, que possui, além do térreo, mais dois andares, atua com venda de embalagens, como produtos plásticos e de papelão, além do atacado de ramo alimentício, o que facilitou a propagação do fogo por todas as duas lojas.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Alderiva Santos de Souza, que trabalha no setor financeiro do Atacadão 2 de Julho, que fica ao lado das lojas incendiadas, informou que a equipe do Corpo de Bombeiros ainda não conseguiu debelar as chamas por falta de estrutura.
“O incêndio começou desde às 9h da manhã, nós percebemos e eles [proprietários] pediram ajuda da 2 de Julho, nós que estávamos ajudando eles desde 9h da manhã. O Corpo de Bombeiros chegou e, simplesmente não tem um carro com escadaria adequada, para jogar água na elevação desse prédio. Imagine, agora são 13h35 e o fogo está se alastrando. Nada ainda de controlar. Estamos preocupados tanto com eles, claro que já perderam todas as suas mercadorias, mas também com o próprio 2 de Julho, além dos nossos vizinhos comerciantes”, afirmou.
Segundo informações apuradas pela reportagem do Acorda Cidade, a equipe do Corpo de Bombeiros conseguiu controlar as chamas, mas o incêndio ganhou nova proporção, o que está preocupando muitos comerciantes da região.
Muitas pessoas reclamaram o fato da equipe não ter um equipamento específico para debelar as chamas nos andares de cima.
No local, uma equipe da Coelba também foi acionada para desligar o fornecimento de energia.
Após cinco horas de trabalho, as equipes do Corpo de Bombeiros conseguiram debelar todas as chamas por volta das 14h40.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o comandante do Batalhão de Bombeiros Militar, tenente-coronel Adriano Bertolino, deu mais detalhes sobre o incêndio, que tudo indica, teve início na loja de embalagens.
“Nós fomos acionados às 9h30 da manhã para esse incêndio nessa casa de embalagens e, prontamente, deslocamos o primeiro veículo de combate à incêndio. Percebendo a necessidade, deslocamos mais outros dois e, foram três caminhões no combate inicial. Contamos com o apoio da Embasa, com o apoio do 35º BI, mas o grande problema que nós enfrentamos foi o tipo de material combustível. Muito papelão, plástico, isopor, material que queima com muita facilidade e estocado de uma forma muito difícil de ser retirado, o que impossibilitou tanto a retirada do material, quanto o acesso das nossas equipes para o combate direto”, informou.
O comandante informou que a equipe também contou com o apoio dos funcionários do Atacadão 2 de Julho.
“Contamos com o apoio também de uma empresa que fica logo ao lado, muita preocupação dos seus proprietários para que o fogo não se propagasse para o seu estabelecimento, mas nós ainda estamos aqui trabalhando nisso, que esse incêndio fique confinado somente no prédio onde ele se originou e não se propague para os vizinhos”, explicou.
Ao Acorda Cidade, o tenente-coronel Adriano Bertolino não soube especificar a origem do fogo, uma vez que, quando a equipe chegou, as chamas já estavam altas.
“O fogo começou, pelo que a gente percebeu, na parte de embalagens, porém eu não posso dar uma certeza de onde ele de fato começou, porque quando nós chegamos, as chamas já estavam consumindo esses materiais que eu afirmei, então eu não posso afirmar com toda certeza em qual foi a empresa que ele começou, mas quando nós chegamos, identificamos embalagens, papelão, isopor, plástico em chamas e, até o momento, estamos nesse combate”.
Diante do desespero de muitos comerciantes e funcionários das empresas próximas, que questionaram a forma de atuação do Corpo de Bombeiros, como a não utilização da escala magirus, o comandante explicou as técnicas que são necessárias no combate à incêndio.
“Nós temos nossa equipe de resposta imediata, que chega no local e verifica a necessidade de acionar o comandante, como assim fiz. Às 10h30 da manhã já estava presente aqui no local, acompanhando tudo e montando as estratégias necessárias, porque às vezes se pensa que combater incêndio é só jogar água no fogo, mas não é assim. Existem estratégias que a gente utiliza e essas estratégias foram e estão sendo utilizadas. Agora a gente consegue falar com mais tranquilidade que esse incêndio não vai se propagar. Sobre a escada, nós temos, mas ela não precisou ser trazida. Aquela viatura só é utilizada em último caso, quando a gente percebe a necessidade, que não foi o caso. Nossas equipes tiveram acesso pela empresa que está logo ao lado, subiram as escadarias da própria empresa , e inclusive continuam fazendo o combate por cima, sem precisar da utilização da escada”, destacou.
Ainda de acordo com o tenente-coronel, o momento mais delicado do trabalho, foi quando existia o risco de desabamento do prédio.
“O momento mais preocupante foi quando algumas estruturas de telhado, de prateleiras começaram a desabar e, num momento como esse, a gente não pode permanecer dentro do ambiente porque a gente adentra o ambiente, faz o combate direto, mas quando começa a perceber o risco para a equipe, a gente precisa recuar. A segurança da equipe está em primeiro lugar”, finalizou.
Só após perícia feita pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) para afirmar a causa do incêndio.
Com informações da jornalista Andrea Trindade e do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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