No Dia Mundial da Obesidade, celebrado em 11 de outubro, é essencial chamar atenção para um dos maiores desafios de saúde pública do mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 650 milhões de pessoas sofrem com obesidade no planeta, sendo essa uma das principais causas de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. No Brasil, o cenário também é alarmante. Dados do Ministério da Saúde indicam que mais de 20% da população brasileira é obesa, e 55% está acima do peso.
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Diante desse quadro, especialistas buscam alternativas inovadoras e eficazes para auxiliar na perda de peso e no tratamento da obesidade, além das abordagens tradicionais, como dietas e exercícios físicos. Uma dessas alternativas que vem ganhando destaque são os tratamentos endoscópicos. Dr. Victor Galvão, médico endoscopista intervencionista, aponta esses procedimentos como uma opção menos invasiva e com ótimos resultados para pacientes que não atingem o emagrecimento necessário com métodos convencionais.
“Os tratamentos endoscópicos, como o balão intragástrico e a gastroplastia endoscópica, oferecem uma intervenção direta no estômago sem a necessidade de cortes ou cirurgias invasivas. Eles podem ser uma excelente alternativa para pacientes com obesidade moderada, que precisam perder peso, mas não se enquadram nos critérios para a cirurgia bariátrica”, explica Dr. Galvão.
A gastroplastia endoscópica, por exemplo, é um procedimento realizado por via oral com o auxílio de um endoscópio, no qual o estômago é suturado internamente para reduzir seu tamanho, proporcionando uma sensação de saciedade mais rapidamente. Já o balão intragástrico é inserido no estômago e preenchido com líquido ou ar, ocupando parte do órgão e limitando a quantidade de alimentos ingeridos. Ambos os métodos ajudam o paciente a perder peso de forma gradual, em um acompanhamento multidisciplinar.
“Os resultados podem ser impressionantes. Com o balão intragástrico, por exemplo, o paciente pode perder de 10% a 15% do peso corporal nos primeiros seis meses”, afirma o médico. Ele destaca que, embora o procedimento seja minimamente invasivo, o sucesso depende do comprometimento do paciente com mudanças de estilo de vida, como alimentação balanceada e prática de atividades físicas.
O médico também alerta para a necessidade de encarar a obesidade como uma doença crônica, que exige acompanhamento contínuo. “O tratamento da obesidade não é algo que se resolve com uma única medida. É um processo que envolve múltiplas abordagens e o apoio de uma equipe médica especializada”, acrescenta.
Com a obesidade se tornando um problema crescente, o avanço de técnicas menos invasivas como as endoscópicas pode ser uma grande esperança para muitas pessoas que lutam contra essa doença. “A endoscopia oferece uma solução menos agressiva e com recuperação rápida, o que facilita o retorno às atividades diárias. O mais importante é que o paciente se informe sobre as opções e busque tratamento adequado”, finaliza o especialista.
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