Estados Unidos

"Foram ventos muito fortes, agressivos, mas ficamos tranquilos", diz feirense sobre furacão Milton na Flórida

Peterson Carvalho, publicitário feirense que está em Orlando a trabalho, relatou sua experiência. Ele chegou à cidade no último dia 6.

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Foto: Arquivo Pessoal

Na noite de quarta-feira (9) e madrugada desta quinta-feira (10), o furacão Milton atingiu a costa oeste da Flórida, nos Estados Unidos, deixando milhões de pessoas sem eletricidade, provocando inundações e supertempestades em diversas áreas. Mesmo perdendo força enquanto avançava pelo continente, o furacão causou um rastro de destruição.

O furacão, que teve um aumento explosivo de força durante a semana, atingiu a Flórida por volta das 21h30 (horário de Brasília). Peterson Carvalho, publicitário feirense que está em Orlando a trabalho, relatou sua experiência ao portal Acorda Cidade na manhã desta quinta (10), durante o Programa na Rádio Sociedade News FM. Ele chegou à cidade no último dia 6.

Publicitário feirense em Orlando- furacão Milton-
Foto: Reprodução

“Essa temporada de furacões já estava prevista. Uma semana antes de eu chegar, houve o furacão Helena, e já sabíamos sobre o Milton. Mas aqui para eles, isso faz parte do calendário anual das temporadas de furacões, é algo natural, eles tratam com naturalidade. Eles já têm a cultura, já estão preparados para isso”, disse.

Publicitário feirense em Orlando- furacão Milton-
Foto: Reprodução

Peterson destacou que, embora o furacão tenha assustado no início, ele foi tranquilizado por pessoas locais mais experientes.

“Durante a madrugada de hoje, eu vi a força do fenômeno e o barulho das coisas, de fato, você se assusta, mas por tudo que eu vi, que conversei, pedi orientação, fiquei mais tranquilo conversando com amigos que moram aqui, até porque Orlando é uma área considerada segura, por estar distante da costa. O furacão com escala 5 no oceano entrou na costa já perdendo força, passou para a escala 2 e passou por nós aqui na escala 1. Foram ventos muito fortes, agressivos, muita chuva, mas como já estava sendo noticiado antes, a gente ficou mais tranquilo”, explicou.

Publicitário feirense em Orlando- furacão Milton-
Foto: Reprodução

Ele também compartilhou a experiência dentro do hotel em que estava hospedado: “Quando abri a porta, vi pedaços de fibra deslocados pelos ventos, mas aqui dentro, a situação está mais tranquila agora”.

Em Orlando, onde Peterson está, os estragos não foram tão perceptíveis, mas ele destacou que a população se preparou para a passagem do furacão, o que impactou diversos serviços prestados.

“Quando vocês veem nos noticiários as filas de carros e tal, aquilo ali são as pessoas evacuando, se deslocando da área de costa, a área que o furacão, logicamente, quando chega, causa mais estrago, se deslocando inclusive para cá, para Orlando, porque é uma área mais segura do que as regiões costeiras”, contou o publicitário.

Ainda em entrevista ao Acorda Cidade, Peterson confirmou que tudo está bem e que, amanhã, ele deve retornar ao trabalho. “O comércio fechou ontem o dia todo, mas está marcado para abrir ao meio-dia. Eles devem avaliar os estragos, daqui eu não tenho condições de avaliar porque estou dentro do quarto, mas amanhã está marcado o trabalho”, acrescentou.

Publicitário feirense em Orlando- furacão Milton-
Foto: Reprodução

Peterson deve retornar para Feira de Santana no dia 12. Ele explicou que atende clientes dos Estados Unidos, mas que a cada três meses precisa ir presencialmente para se reunir e realizar algumas atividades do trabalho. “Hoje mesmo, antes do furacão, a gente teve duas reuniões com parceiros dos nossos clientes para poder fechar parcerias, para implementar o serviço dos nossos clientes”.

O publicitário contou ao Acorda Cidade porque as empresas estrangeiras optaram pelo serviço do brasileiro.

“As empresas aqui são empresas de brasileiros. A relação é melhor, além de pessoas, amigos em comum, pessoas que observam o nosso trabalho, e, graças a Deus, a gente é muito bem recomendado. Então, para traçar estratégia, para poder entender o negócio, tem uma questão econômica e tem uma questão também de reconhecimento do trabalho, de dizer: ‘Eu quero ser atendido pela agência tal’, então a gente não pode fugir ao chamado. É sempre um desafio, mas é isso aí”, revelou.

O feirense ainda ressaltou a eficiência e preparação das autoridades norte-americanas para lidar com furacões. Ele reforçou que as pessoas já estão muito acostumadas e preparadas para lidar com essas condições climáticas extremas.

“É um país que, um pouco antes, tinha mais de cinco mil caminhões de serviços de energia elétrica prontos, vindos de toda parte, para poder restabelecer a ordem. É bem preparado. Você recebe os avisos no seu celular, sinais sonoros em textos no seu celular, dizendo o que você deve fazer. Então, como eles estão muito acostumados, preparados, eles tratam isso até com uma certa tranquilidade”, afirmou.

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