Vagas de Emprego

Empresas exigem perfis cada vez mais específicos, explica diretor da Casa do Trabalhador

O diretor da instituição, Fábio Souza, o cenário atual tem sido marcado por uma diversidade de demandas no mercado de trabalho.

Carteira de Trabalho
Foto: Agência Brasil

A Casa do Trabalhador de Feira de Santana tem sido um ponto de apoio importante para os trabalhadores em busca de recolocação no mercado. De acordo com o diretor da instituição, Fábio Souza, o cenário atual tem sido marcado por uma diversidade de demandas no mercado de trabalho local, mas também por desafios. Em entrevista ao Portal Acorda Cidade, ele destacou a principal dificuldade enfrentada pelos candidatos que buscam uma vaga, a falta de qualificação profissional.

Segundo Fábio, não há um setor específico que predomine em termos de busca por vagas, mas há uma diversificação.

“A Casa do Trabalhador, eu sempre digo, não tem um ramo específico. É muito diversificado, muitas vagas são afetadas ultimamente. Muitos trabalhadores chegam ao departamento à procura de vagas. A gente até percebe que o trabalhador às vezes chega em uma profissão específica, mas ele chega aqui querendo qualquer coisa porque está sem trabalho e infelizmente não funciona dessa forma. A gente tem que atender o perfil que o contratante deseja. Então, se ele quer, por exemplo, um pedreiro, a gente precisa encaminhar um pedreiro, com o perfil que ele deseja, com experiência, sem experiência, carteira assinada ou não”.

Casa do Trabalhador -Fábio Souza
Fábio Souza | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Em relação à procura por determinadas vagas, como cuidador de idosos, o diretor apontou que há profissões em que a oferta é baixa e a demanda, mínima.

“A procura por essa profissão é muito pouca. É uma profissão mais específica. A gente entende que cuidador de idoso, a maior parte deles normalmente é de enfermeiros ou enfermeiras. Os contratantes preferem dessa forma. Então, confesso que vejo acontecer uma vez por ano, no máximo duas aqui, com o cuidador de idoso”, observou.

Outro exemplo são as vagas de costureiras, que também têm pouca procura. Esse é um serviço prestado que todo bairro da cidade, geralmente, tem alguém que presta, mas são difíceis de encontrar vagas no mercado.

Fábio também reforçou que a oferta de vagas para essas profissões é limitada, porque além de ter pouca oferta, os trabalhadores também são considerados profissionais autônomos.

“Também é uma oferta de vaga que é muito pouca aqui no departamento. A gente entende que os costureiros normalmente trabalham para eles mesmos, não são profissionais autônomos que chegam ali e fazem suas costuras e recebem alguma coisa por isso. Então, são poucas as vagas solicitadas para esse perfil também”, afirmou.

Sobre as mudanças no perfil dos candidatos que procuram a Casa do Trabalhador, Souza destacou que a mudança maior tem sido no perfil das empresas contratantes.

“Eles preferem um trabalhador mais qualificado ultimamente. Eu sempre digo isso, que desde a pandemia muitas empresas fecharam e depois disso abriram. Então, as empresas que continuaram abertas e que abriram depois disso querem uma mão de obra mais qualificada, querem essa mão qualificada que foi demitida na época da pandemia”, explicou ao Acorda Cidade.

Além disso, o diretor explicou que a Casa do Trabalhador tem procurado orientar os candidatos sobre a importância de se qualificarem para atender às exigências atuais do mercado.

“Orientamos os trabalhadores que venham ao Departamento de Apoio do Trabalhador, que se qualifiquem na área em que estão dispostos a ocupar, porque o mercado de trabalho está exigindo muito mais do trabalhador. Temos as vagas de emprego, mas o trabalhador hoje não está qualificado para ocupar essas vagas”, acrescentou o diretor.

Casa do Trabalhador
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A Casa do Trabalhador está localizada na Rua Felinto Bastos, popularmente conhecida como antiga rua de Aurora. O atendimento está aberto so público das 8h às 17h.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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