Feira Social da Associação de Surdos de Feira de Santana promove arte, saúde e inclusão para a comunidade

Neste sábado, dia 28 de setembro, a Associação de Surdos de Feira de Santana realizou a sua primeira Feira Social, promovendo um evento de inclusão e acessibilidade para a comunidade surda. O encontro aconteceu das 9h às 17h, na loja maçônica Estrela da Paz, no bairro Brasília, com uma programação que incluiu oficinas, palestras e uma exposição de obras de arte criadas por pessoas surdas.

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Ao longo da feira, a Associação de Surdos também ofereceu serviços como passe livre, atendimento jurídico e audiometria, promovendo a inclusão e o protagonismo da comunidade surda.

O evento, que também marcou o Dia do Surdo celebrado no último 26 de setembro, foi uma oportunidade de celebrar a cultura surda e suas conquistas, como destacou ao Acorda Cidade, Thaiane Macambira, professora de Libras da Universidade Estadual de Feira de Santana.

“Esse é um momento muito importante. Todo mês de setembro é dedicado à comemoração ao surdo. Estamos promovendo alguns serviços, como jurídicos e medicinais, além de vendas de produtos. É um momento de encontro, de socialização de surdos tanto de Feira de Santana quanto da região. Alguns professores intérpretes de Libras também estão presentes na celebração e homenagem à luta da comunidade surda”, afirmou.

A professora também pontuou as dificuldades enfrentadas pela comunidade surda no dia a dia, principalmente a falta de acessibilidade linguística por parte de toda a sociedade.

“A acessibilidade linguística ainda é um desafio, principalmente em Feira de Santana, assim como em todo o Brasil. A gente vem fazendo essa luta para que os lugares tenham essa acessibilidade, com intérpretes de Libras. Mas infelizmente, ainda temos muito a caminhar”, disse.

Thaiane também ressaltou que não há maiores dificuldades em aprender Libras, pois é uma língua como qualquer outra que requer estudo e imersão:

“O processo de aprendizagem de libras é igual a qualquer outra língua, como o inglês, o espanhol, precisa de dedicação e contato com os utentes da língua, que são os surdos. Tem cursos gratuitos em algumas instituições e também tem na própria associação, que é ofertado, paga uma taxa ali para aprender”.

A estudante Yana Micaelly Bispo participou da ação com o grupo de cinco alunos de enfermagem da Unifacs, realizando aferição de pressão arterial e glicemia.

“Estamos orientando também sobre a importância dos cuidados com a saúde, atividade física e boa alimentação em todos os cenários. Gostamos muito do evento, muito rico, estamos aprendendo cada vez mais a língua de sinais que deveria ser universal e até obrigatório”.