Neste sábado (28), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, esteve em Feira de Santana para participar da “Caminhada da Mudança”, em apoio à candidatura de Zé Neto (PT), da Coligação “Pra Fazer o Futuro Acontecer”, à prefeitura do município. Antes do ato, o ministro concedeu uma coletiva à imprensa no Comitê Central de Zé Neto, na Avenida Getúlio Vargas. Na oportunidade, ele destacou temas como o fim do contrato com a concessionária Viabahia nas concessões das BRs 116 e 324.
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Rui Costa iniciou a coletiva destacando que sua visita à cidade tinha como objetivo pedir apoio à candidatura de Zé Neto e fortalecer a relação entre o governo federal e o município. Ele também ressaltou a importância de Feira de Santana no cenário estadual e nacional.
“Vim aqui pedir, em meu nome, em nome do presidente Lula, do governador Jerônimo, do senador Otto Alencar e do senador Jaques Wagner, que o povo de Feira nos dê uma oportunidade de cuidar das pessoas, numa aliança de conteúdo, com Zé Neto prefeito. Esse é o nosso pedido. Acho que chegou a hora de Feira de Santana dar uma oportunidade a Zé Neto”, disse Rui Costa.
Saída da Viabahia
Segundo o ex-governador, o governo federal já vinha analisando contratos de concessão desde o início de 2023 e encontrou vários contratos com execução precária, incluindo o da Viabahia. Ele confirmou que houve uma tentativa de renegociar o contrato com a concessionária, mas não teve sucesso.
“Desde que assumimos o governo em janeiro de 2023, começamos a analisar os contratos de concessão pública no país e encontramos mais de 16 contratos sem execução plena, com execução precária, entre eles o da Viabahia. Dialogamos com o Tribunal de Contas da União para abrirmos um processo de negociação extraordinário para tentar reabilitar esses 16 contratos. Infelizmente, a proposta da Viabahia não nos atendia, nem no volume de obras, nem nos valores, que eram exagerados e um volume de obras muito pequeno. Então, pactuamos a saída dela do contrato. Só falta o aval do TCU, com aprovação dos termos. Se aprovado, o último dia de operação da Viabahia será em dezembro”, informou.
Neste sentido, a partir de janeiro, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) assumirá a gestão das rodovias, sem a cobrança de pedágios, até que uma nova licitação seja feita, prevista para 2026.
“Estamos preparando para o ministro Renan uma série de licitações para que o DNIT entre para fazer obras, principalmente na BR-324, que está em estado muito ruim de conservação. Então, durante o ano de 2025, essas duas estradas estarão sob a gestão do DNIT, órgão federal, diretamente, sem pedágio”.
Segundo o ministro, a partir de janeiro investimentos serão empregados nas rodovias do estado, principalmente, na BR-324, após a saída da concessionária.
“Vamos entrar em janeiro com força total com obras e vocês vão ver em seis, oito meses mudar o padrão de qualidade da rodovia”.
Participação de Lula em campanhas
Em entrevista, Rui Costa também falou sobre a possível visita do presidente Lula a Feira de Santana. Ele esclareceu que não há previsão de que o presidente participe de campanhas fora do estado de São Paulo no primeiro turno.
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Rui Costa acrescentou que o presidente viaja amanhã para o México, para participar da posse da presidente do país, e só retorna ao Brasil na quarta-feira (2), o que dificulta sua participação em outros atos de campanha.
“No segundo turno, ele (Lula) vai avaliar a participação pessoal dele, mas no primeiro turno, pode ser que, na quarta-feira, quando ele chegue do México, ele mude de ideia e, quinta e sexta, resolva ir a alguma cidade, mas, até esse momento, a decisão é de não ir pessoalmente, exceto na cidade de São Paulo”, completou o ministro.
Combate às queimadas
Outro ponto abordado na coletiva foi a questão das queimadas que vêm atingindo diversas partes do Brasil. Biomas como a Amazônia e o Pantanal têm sido as áreas mais prejudicadas.
Rui Costa explicou que, apesar de a responsabilidade pelas queimadas em áreas estaduais e privadas ser dos estados e dos proprietários, o governo federal tem atuado para combater os incêndios em parques e áreas federais de sua competência.
“Eu, pessoalmente, desde abril, com a ministra Marina, estamos articulando um comitê permanente com os governadores e o setor privado no sentido de buscar alternativas para conter os incêndios. Já realizamos reuniões online com governadores; a primeira foi com o governador do Amazonas, para prestar apoio, dar aporte financeiro e reforçar o número de horas extras de bombeiros, reforçar a contratação de brigadistas pelos governos estaduais para que a gente possa conter”, afirmou.
O ministro ainda afirmou ser um consenso no governo sobre os focos de incêndio serem criminosos.
“Parte das grilagens, por exemplo, em Brasília, nos dois parques florestais que pegaram fogo, algumas pessoas foram presas e confessaram que foram contratadas para tocar fogo porque ali seria feita a construção de casas, ou seja, você pega área pública, seja ela estadual, federal, queima e depois tenta ocupar com uma invasão ou com um projeto habitacional ou fazendeiro ocupando área que não lhe pertence para, um dia, tentar regularizar essa área. Então, nós estamos atuando também no ponto de vista criminal com a Polícia Federal e pedindo aos governadores que atuem com a polícia civil”.
Estiveram ao lado do ministro o deputado Robinson Almeida e a secretária de saúde Roberta Santana.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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