Feira de Santana

Fórum discute Plano de Contingência entre entidades para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana

O encontro foi considerado um passo importante para estreitar os laços entre as instituições e melhorar a resposta às condições climáticas.

Fórum discute Plano de Contingência para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Como já foi antecipado pelo Portal Acorda Cidade, esta primavera em Feira de Santana deve apresentar menos chuvas do que o costume. Esse é mais um dos impactos que as mudanças climáticas estão trazendo para a região.

Na terça-feira (24), o assunto foi discutido em um fórum promovido pela Neoenergia Coelba, que contou com a presença de representantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Secretaria Municipal de Trânsito (SMT), Defesa Civil, Polícia Militar, Secretaria Municipal de Agricultura, entre outras lideranças e entidades públicas.

O encontro foi considerado um passo importante para estreitar os laços entre as instituições e melhorar a resposta às condições climáticas adversas que podem impactar a região.

Fórum discute Plano de Contingência para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Ana Karoline Rebouças, coordenadora da Defesa Civil da cidade, destacou a previsão de chuvas moderadas para o final de outubro. “São previsões colocadas não só pelo Climatempo, mas também por outros canais de previsão. Vamos ter essa quantidade de chuva abaixo de 100 milímetros no período da primavera. Então, bateu certinho com o que colocamos. As chuvas acontecerão lá para o final de outubro, o que já é uma questão próxima do verão e que acaba trazendo essas chuvas”, disse Ana ao Acorda Cidade.

A coordenadora também ressaltou a importância da integração entre as instituições presentes no evento para preparar a resposta das entidades locais diante das adversidades climáticas e suas consequências.

Fórum discute Plano de Contingência para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana
Ana Karoline Rebouças | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“É um tema de grande importância para a Defesa Civil e para outras instituições, como a Secretaria de Agricultura e a de Infraestrutura, que precisam se adaptar às previsões e se preparar para o que pode acontecer”, afirmou Ana Karoline.

João Batista Ferreira, presidente do Conselho do Centro das Indústrias de Feira de Santana, também participou do encontro e falou ao Acorda Cidade sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor industrial devido às quedas de energia. Ele também elogiou o esforço da Coelba em melhorar o abastecimento.

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João Batista Ferreira | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Temos tido várias reuniões com eles, já fizemos muitas reclamações de um tempo para cá. Há uma melhora, não está perfeito, mas já é algo substancial, dá para entender que está melhorando. Esperamos que continue assim. Porque qualquer queda, mesmo que seja uma piscada, os equipamentos desligam. Então, você está preparando um produto, está num forno, e se ele parar, aquele produto não serve mais. Quando volta, já não pode ser aproveitado. Então, pode-se perder matéria-prima, mão de obra, energia, tudo”, explicou João Batista.

O superintendente técnico da Coelba no estado, Thiago Martins, reforçou o compromisso da empresa em manter um diálogo contínuo com seus clientes e outras instituições, especialmente em tempos de adversidades climáticas.

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Thiago Martins | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A Coelba está cada vez mais próxima dos clientes e das instituições que os atendem. Foi muito importante compartilhar o que temos feito, desde os principais investimentos até as ações de manutenção, além da preparação e gestão de condições climáticas adversas, que provocam impactos na rede elétrica e eventualmente alguns desligamentos”, disse Thiago.

Ao Acorda Cidade, o superintendente também mencionou a preparação da Coelba para as chuvas previstas para o final de outubro, conforme anunciado pela Climatempo, empresa contratada pela empresa para monitorar as condições climáticas.

Fórum discute Plano de Contingência para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Estamos entrando no período do La Niña, que traz menos contingências climáticas, mas é um período com mais chuvas. Para os próximos 30 a 40 dias, ainda persiste um período de estiagem, mas para o final de outubro, conforme apresentado, há previsão de chuvas um pouco mais fortes, e já estamos preparados para isso”, concluiu.

Tempestades e enchentes em Feira de Santana

Durante o final de 2023 e os primeiros meses de 2024, Feira de Santana sofreu com fortes chuvas que causaram alagamentos e desalojamentos em vários bairros da cidade.

Alagamentos em Feira
Rua Índia, Estação Nova | Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade

Durante o fórum realizado nesta terça-feira, Jean Viana, superintendente de operações da Coelba, detalhou o plano de contingência da distribuidora para enfrentar essas adversidades climáticas. Segundo ele, o evento foi uma oportunidade de compartilhar com o público como a empresa se prepara para lidar com situações de emergência. Ao longo dos meses de verão, a partir de janeiro de 2025, há uma tendência de chuvas acima da média.

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Jean Vieira | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O evento de hoje é exatamente para divulgar como a Coelba se prepara frente a essas condições climáticas, que muitas vezes são adversas. Temos uma parceria muito importante com a Climatempo, que nos apoia no envio de informações, no monitoramento climático e na emissão de alertas, permitindo planejamento e ação prévia por parte da nossa operação”, explicou Jean.

Segundo ele, a operação da Coelba é ativada com base nos alertas climáticos recebidos. Com essas informações, a empresa consegue antecipar eventos de risco, mapear as áreas afetadas e deslocar equipes para garantir uma rápida resposta.

“Se sabemos que teremos um evento anormal, conseguimos nos preparar, mapear a região que será afetada e deslocar o maior número de equipes possível para que toda essa contingência seja rapidamente contida”, destacou o superintendente.

Jean também mencionou o investimento da Neoenergia Coelba de R$ 1,7 bilhão no estado, com obras essenciais para dar durabilidade à rede elétrica. Em Feira de Santana, especificamente, foram realizados mutirões de poda e manutenções para reforçar o serviço, mesmo em casos de fortes chuvas. Ele também destacou os desafios enfrentados pela região.

Fórum discute Plano de Contingência para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“O que vimos no último verão foi um acúmulo de chuva muito grande. Algumas regiões já são propensas a alagamentos, e temos um cuidado muito grande com a rede elétrica nessas áreas. Investimos na modernização da nossa rede de distribuição com equipamentos automatizados, que são instantaneamente operados pelo nosso centro de operação. Isso faz com que todo o restabelecimento imediato aconteça, mitigando a região afetada e reduzindo o número de clientes sem energia”, afirmou Jean.

Quanto à preparação da população, o superintendente indicou que a comunicação entre a Coelba e as entidades locais é fundamental para garantir uma melhor resposta às crises.

“Todo esse trabalho de comunicação é o primeiro passo. Estamos compartilhando nosso conhecimento com entidades e órgãos importantes do município, que também têm missões relevantes nesse aspecto. Essa sinergia contribui para uma melhor preparação da sociedade”, explicou Jean.

Fórum discute Plano de Contingência para enfrentar adversidades climáticas em Feira de Santana
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Jean Viana também reforçou que a Coelba trabalha em conjunto com outros órgãos, como a Defesa Civil, para monitorar e responder a situações de emergência.

“A Defesa Civil tem um papel fundamental de alerta e monitoramento durante as crises. Temos uma parceria muito importante, pois durante nosso atendimento identificamos situações de risco e compartilhamos imediatamente com eles para buscar soluções seguras. Contamos também com os bombeiros e o Crea, que fiscaliza obras irregulares que, muitas vezes, agravam situações de crises”, concluiu.

Ele ainda mencionou os desafios relacionados à seca, que podem aumentar os focos de incêndio próximos à rede elétrica, e reforçou que a empresa se prepara para atuar em ambos os cenários, tanto de seca quanto de chuva para mitigar os riscos.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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