Laiane Cruz
De acordo com a presidente da Associação Autista de Feira de Santana, Aléssia Flávia Souza Vargas, foram ministradas palestras sobre os tipos de autismo e como as famílias devem lidar com o transtorno psicológico e o processo de inclusão social.
O evento contou também com diversas atividades lúdicas para aproximadamente 50 crianças. “Nós esperávamos mais, mas infelizmente muitas pessoas foram mal informadas sobre o evento”, afirmou a presidente.
O transtorno
Atualmente, existem aproximadamente 150 crianças autistas, em Feira de Santana, e ao lado delas, o preconceito. “O preconceito maior é porque eles não param, são hiperativos, não tem noção do perigo, e muitos são agressivos, pois não foram estimulados”, afirmou Aléssia Flávia.
Ela falou ainda sobre a importância de uma formação específica para crianças e adolescentes portadores do transtorno. “Na associação, nós trabalhamos com a estimulação precoce das crianças com atividades da vida diária, como se vestir, se calçar, comer, ir ao banheiro e conhecimentos do corpo. Todo o material é produzido na associação para trabalhar o didático e o pedagógico com eles”, explicou.
A associação conta também com profissionais voluntários de diversas áreas, como psicólogos, assistentes sociais e fonoaudiólogos que atuam de modo específico para cada autista.
Dificuldades
Ao todo são 28 crianças que recebem atendimento gratuito diariamente na associação. “O que temos é só a sede que a prefeitura liberou de tanto pedirmos, mas a nossa principal dificuldade é a falta de patrocínio das empresas privadas e os órgãos públicos”, disse.