Bahia

Homem preso com capitão da Polícia Militar é liberado com tornozeleira eletrônica

A audiência de custódia aconteceu na sexta-feira (13).

complexo de delegacias do sobradinho
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Na tarde da última quinta-feira (12), duas pessoas foram presas na cidade de Santo Estêvão, entre eles, um capitão da Polícia Militar, lotado na 66ª Companhia Independente (66ª CIPM) de Feira de Santana.

Conforme o Acorda Cidade divulgou na sexta-feira (13), o capitão passou por audiência de custódia e foi liberado do Batalhão de Choque, que fica localizado na cidade de Lauro de Freitas.

Já na tarde deste sábado (14), o advogado Rafael Esperidião, que estava representando o segundo homem preso, informou ao Acorda Cidade, que o cliente também foi liberado após audiência de custódia.

O advogado explicou que as versões estavam desencontradas, apontando que não havia crime de extorsão.

advogado Rafael Esperidião
Advogado Rafael Esperidião | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Fui contactado pela família dele na quinta-feira no período da tarde para poder ir até a delegacia, após terem sido noticiados que o mesmo teria sido abordado na cidade de Santo Estêvão, e estaria sendo encaminhado para a Delegacia do Sobradinho. Ao chegar na delegacia, permanecemos das 16h até o início da madrugada da sexta-feira, onde fomos noticiados que o mesmo permaneceria preso, aguardando a audiência de custódia por entender que havia ali uma suposta prática do crime de extorsão. Entendemos o posicionamento do delegado, mas discordamos desde o início, apresentando a versão tanto do capitão da Polícia Militar quanto do meu cliente, que em momento algum estariam ali praticando qualquer tipo de crime”, explicou.

Ao Acorda Cidade, o advogado Rafael Esperidião informou que o Ministério Público entendeu que não teria necessidade de manter o homem preso.

“Fomos direcionados à audiência de custódia na cidade de Santo Estêvão no dia seguinte, onde após conversarmos com o representante do Ministério Público e o magistrado e, fazendo os requerimentos necessários, o próprio magistrado entendeu que não seria necessário encarcerar, manter preso meu cliente, como também o capitão da PM. Entenderam que as medidas cautelares diversas da prisão, ao exemplo da aplicação da tornozeleira eletrônica, seria mais cabível mais necessário naquele momento porque as narrativas são totalmente controversas, o depoimento da vítima como o interrogatório dos acusados estão totalmente em conflito e, não tinha também uma prova concreta de que ali existiria um crime”, pontuou.

Segundo o advogado, será necessário ampliar as investigações, já que se trata de algo ainda muito “prematuro”.

“É tudo muito prematuro, o juiz entendeu que deve ser investigado melhor e com isso, expediu o alvará de soltura, tanto do meu cliente quanto do capitão da PM, entendendo que a aplicação da tornozeleira eletrônica e algumas medidas cautelares seriam mais cabíveis e necessária neste momento do que manter presos, encaminhar para o presídio, no caso do meu cliente”, disse.

O advogado Rafael Esperidião informou que o cliente permanece à disposição da Justiça.

“Saímos da audiência de custódia ontem satisfeitos com a decisão do juiz. Ele encontra-se à disposição da justiça e da autoridade policial para prestar todos os esclarecimentos necessários e provar a sua inocência, que o mesmo estava ali não em atividade criminosa alguma, mas para poder verificar os documentos do imóvel que estava sendo negociado ali naquele momento”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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