Os bancários da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana decidiram entrar em greve por tempo indeterminado na manhã desta sexta-feira (13). O município conta com 7 agências da Caixa e cerca de 250 trabalhadores. A mobilização é uma resposta da categoria ao reajuste salarial de menos de 1% real, aprovado pelos servidores em nível nacional.
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“Nós viemos para a porta [das agências] conversar com os colegas. Infelizmente, na maior parte do Brasil, principalmente em São Paulo, eles optaram por aceitar a proposta, isso trouxe problemas para cá. Nós, bancários de Feira de Santana, estamos indignados com a proposta rebaixada dos bancos”, disse Sandra Freitas, presidente em exercício do sindicato dos bancários de Feira de Santana.
A presidente informou ao Acorda Cidade que está prevista uma reunião com a categoria para o próximo domingo (15). Em assembleia, os servidores devem reavaliar a greve e decidir se retomam as atividades a partir da segunda (16). A presidente sinalizou que os trabalhadores do Banco do Brasil também tinham aprovado a greve, mas por conta de um acordo nacional, eles resolveram suspender a movimentação e aceitar a proposta.
A covid-19 e a insatisfação dos servidores da Caixa
Os servidores da Caixa tiveram um papel fundamental para a economia brasileira durante a pandemia da covid-19. De acordo com dados do portal da transparência da união, o banco foi o responsável pelo pagamento do auxílio emergencial, programa do governo federal, que distribuiu mais de R$ 287 bilhões aos mais vulneráveis durante a pandemia.
Ao todo, mais de 39 milhões de pessoas foram beneficiadas com o pagamento da renda mínima. A Caixa era o banco responsável pelo pagamento do benefício. Longas filas se formaram nas portas das agências e, em alguns casos, davam voltas nos quarteirões.
Por conta da atuação no período de pandemia, a presidente em exercício do sindicato dos bancários de Feira de Santana considera a proposta de menos de 1% de aumento real um desrespeito com a categoria.
“Nós estávamos na linha de frente, se dedicando, dando todo o melhor, se arriscando para atender a população. Eram filas imensas, muitos bancários adoeceram, inclusive, alguns morreram, e na hora de uma reivindicação de melhoria de condição de trabalho e melhoria de salário, a Caixa se esconde atrás da Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] e dar apenas um reajuste conforme a inflação mais 0,9% de aumento real”, finalizou Sandra.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Matéria escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Andrea Trindade
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