Câmara vai comemorar 191 de Feira relembrando trajetória da cidade e sua história política

Com um jeito bem peculiar, a professora, poetisa e escritora Lélia Vítor Fernandes conta, em livros, aspectos da história de Feira de Santana de forma apaixonante. No próximo dia 18, às 10h, em Sessão Solene que a Câmara Municipal realizará para celebrar os 191 anos de emancipação política da cidade, ela vai fazer o que mais gosta: falar sobre a trajetória da cidade. Ela foi convidada pelo Legislativo para palestra sobre o tema “Feira de Santana, sua história e seu povo”.

“Vou fazer uma ponte entre as ‘independências’, as mulheres heroínas e suas histórias, algumas reticentes, passando pelos aspectos políticos dos fatos ao longo desses quase dois séculos”, antecipa Lélia Fernandes, a professora de Inglês que se especializou em escrever biografias. Profissionais das mais variadas áreas de atuação estão imortalizadas em seus 37 livros publicados, desde médicos, odontólogos a figuras populares anônimas das ruas de Feira de Santana. São essas pessoas que contam, de fato, a história da cidade, acredita.

A contadora de histórias escreveu, entre tantas obras, “Cidadãos do Mundo”, reunindo perfis de 120 personagens folclóricos que, embora anônimos, são conhecidos da população feirense e circulam pela cidade desde 1950. Noratinho da Pamonha, Helena do Bode, Conterrâneo, Maria Oreinha, e Caculé, são alguns exemplos. “Mestras do Bem”, conta a história de professoras, assim como “Anjos de Cabeceira” e “Promotores do Sorriso” apresentam dados biográficos dos médicos e odontólogos.

Às vésperas de publicar o terceiro volume de “Inquilinos da Cidadania”, em que biografa os vereadores desde a primeira formação da Câmara Municipal – que contava com apenas sete vereadores, conforme registra – Lélia reafirma que a história de Feira de Santana tem muitas contradições, algumas das quais pretende revelar na sessão comemorativa do aniversário da cidade. Como a origem de Maria Quitéria, a heroína, não o distrito, de quem não se tem o registro de nascimento, mas apenas o batistério, documento que atesta o seu batismo na Igreja Católica.